Tímidos como pessoas não acostumadas com câmeras e entrevistas. Brincalhões como jovens da mesma idade, que gostam de soltar pipas e fazer piadas. E responsáveis como jogadores profissionais de futebol. Guga, Luanzinho, Getúlio e Lourenço fazem parte da geração de novos avaianos que desponta na Ressacada. Alimentam o sonho de não serem só promessas e para isso se espelham em um exemplo do clube: o ídolo Marquinhos.
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Com aposentadoria anunciada para o fim da atual temporada, o o ídolo vai encerrar uma jornada que começou em 1999 como profissional pelo Avaí, então com 17 anos. Antes do adeus, o M10 testemunha a nova safra brotar no gramado do estádio azurra e iniciar trajetória de conquistas e amor ao clube.
– Os caras mais experientes são os que a gente se espelha. Sempre queremos conquistar o que eles conquistaram. Eu olho e me enxergo neles. Certamente, é algo que nos inspira muito – disse o lateral-direito Guga, que com 19 anos é titular da posição na campanha do time na Série B do Brasileiro.
Guga, Getúlio e Lourenço nem bem andavam quando Marquinhos dava os primeiros passes na Ressacada. Luanzinho nem isso. Ele é o mais jovem entre os quatro, porém, o que tem maior potencial. O meia tem integrado a lista de convocados da Seleção Brasileira sub-20 na fase inicial de preparação de nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.
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– Cada dia que passa é a certeza de sonho realizado. Eu falo para eles que é preciso continuar na mesma pegada. Se seguirem a mesma batida, treinando, vai aparecer a chance para cada um. Quando isso acontecer, tem estar preparado. O Avaí tem uma camisa pesada. Apesar da idade, a gente busca sempre estar tranquilos – falou o caçula Luanzinho, de 17 anos, titular em alguns jogos do Leão no Catarinense.
Briga por posição fica mais acirrada
A base azurra também revela alternativas de ataque. Não à toa, Getúlio foi o artilheiro do time no Catarinense. Ele anotou quatro gols, se credenciado a lutar por um lugar no comando ofensivo do Leão no decorrer da temporada. Beltrán, Rodrigão e Romulo são os principais concorrentes.
– É uma disputa boa. Eles são mais experientes, mas eu estou pronto. Nossa meta é conquistar o acesso, chegar na Série A e não mais sair. Tenho essa responsabilidade e posso dar conta do recado – destacou.
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Os novos avaianos se apoiam no entrosamento por causa da convivência na base. Lourenço também apareceu com estilo quando o Leão precisou dele, comprovando a tese de que é necessário estar pronto para qualquer momento. E foi do camisa 97 o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense, que levou o time à quarta fase da Copa do Brasil.
– O entrosamento ajuda bastante. Cada um de nós sabe muito bem de como o outro gosta de se movimentar e por qual parte do campo se desloca. Ainda temos um elenco qualificado e de jogadores experientes que nos auxiliam. Entendo que é algo para aperfeiçoar o nosso trabalho e, por isso, fico feliz – completou o atacante de 20 anos.