Um novo temporal atingiu a cidade de Lages, na Serra Catarinense, na tarde desta quinta-feira. O fenômeno aconteceu por volta das 16h e durou cinco minutos, o suficiente para arrancar lonas e telhas que já haviam sido colocadas por muitos moradores sobre as suas casas, danificadas pelo forte granizo que caiu na última segunda-feira.
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Cristiane Bail, do bairro Habitação, precisou voltar à sede da Defesa Civil, localizada no terminal rodoviário da cidade, para pegar lonas, já que a sua residência foi novamente descoberta. Mesma situação de Maria Salete Vieira Velho, do bairro Universitário, que mora sozinha e precisou da ajuda de vizinhos para não deixar o imóvel sem proteção.
Moradores voltaram a pedir lonas na Defesa Civil. Foto: Pablo Gomes
Por conta do mau tempo, todas as 24 escolas da rede estadual de ensino, num total de 16 mil estudantes, ficarão fechadas nesta sexta-feira, já que algumas ainda não receberam a quantidade necessária de telhas.
E justamente a falta de telhas foi o motivo para um protesto realizado na tarde desta quinta por moradores dos bairros São Paulo e São Francisco. Revoltados com a demora em serem atendidos, dezenas deles fecharam a BR-282 no rótula do cemitério Parque da Saudade e atearam fogo em pneus. A rodovia ficou interditada por cerca de uma hora, e a manifestação foi acompanhada de perto pela Polícia Militar.
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Situação deve ser normalizada em pelo menos 15 dias
A prefeitura alega que até esta quinta-feira, mais de 46 mil telhas já haviam chegado à cidade. A previsão é de que sejam distribuídas 20 mil por dia. O coordenador da Defesa Civil local, Adilson Panek, pede calma aos moradores.
– A demanda é muito grande, pois 70% da cidade foi atingido. Sabemos das necessidades e estamos tentando atender todos ao mesmo tempo, mas é impossível. É preciso ter compreensão e paciência.
Já o secretário municipal de Assistência Social, José Amarildo Farias, prevê pelo menos 15 dias para que a situação seja normalizada.
Distribuição de telhas segue cronograma. Foto: Sandro Scheuermann