Tomou posse no final da tarde desta quarta-feira (4) o novo reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Marcelo Recktenvald. Ele substitui Jaime Giolo e o mandato será de quatro anos na instituição em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. A posse foi dada pelo ministro da Educação (MEC), Abraham Weintraub.

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Em seu discurso de posse, Recktenvald apoiou o programa Future-se e disse estar alinhado com o pensamento do MEC.

— Esse projeto que é um projeto de esperança. Temos que ter esperança na educação superior. […] Nós temos esperança. Um novo tempo e um futuro melhor está por vir. Muitas das propostas que nós defendíamos – antes, inclusive, da divulgação da proposta do Future-se, integravam o nosso plano porque nossa disputa aconteceu antes da divulgação do projeto. Então, ficamos felizes em saber que nós estamos alinhados com a forma de pensamento que o MEC hoje tem trabalhado. Um futuro com respeito ao pagador de imposto que tem uma preocupação com a eficiência pública que valorize aquilo que são valores que são predominantes da comunidade e da sociedade brasileira, coisas que dentro da universidade às vezes são colocadas de lado, num canto, perseguidas — destacou.

O primeiro desafio do novo reitor é enfrentar a resistência ao seu nome ocorrida numa parcela da comunidade acadêmica. Ele e o vice, Gismael Perin, ficaram na terceira colocação em uma consulta pública, com 21% dos votos. Mas, como o processo legal consiste numa lista tríplice que é encaminhada para escolha do presidente da República, a chapa que obteve mais votos, de Anderson Ribeiro e Lísia Regina Ferreira, não foi a escolhida. Eles fizeram 27,1 % no primeiro turno e 54,1% em segundo turno.

A chapa de Antônio Inácio Andrioli e Adriana Luzardo fez 33,5% no primeiro turno e 45,9% no segundo turno. Eles ficaram na segunda posição.

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Devido à escolha do terceiro colocado houve um movimento de resistência na UFFS. A reitoria, em Chapecó, está ocupada por estudantes desde a sexta-feira passada. O Sindicato dos Docentes da UFFS (Sinduffs) divulgou uma nota afirmando que em assembleia os professores deliberaram que não reconhecem a nomeação do novo reitor.

Eles decidiram que farão aulas públicas em conjunto com as demais categorias nos seis campi: Chapecó, Passo Fundo (RS), Erechim (RS), Cerro Largo (RS), Laranjeiras do Sul (PR) e Realeza (PR). O sindicato também vai avaliar a possibilidade de pedir a destituição do reitor no Conselho Universitário.

Ato nesta quinta-feira

O sindicato e os estudantes estão convocando para esta quinta-feira uma ato às 9h, em frente a reitoria localizada no centro de Chapecó.

Em entrevista realizada antes da posse, o reitor disse que seu primeiro desafio e pacificar o ambiente da universidade. Ele considera que tem legitimidade pois foi escolhido dentro de um processo legal e obteve boa representatividade na votação.

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Disse defender a universidade pública e gratuita, manutenção da política estudantil, restaurante universitário e ampliação de cursos. Mas deixou claro que busca uma instituição apartidária. Ele retorna de Brasília nesta quinta e deve buscar conversar com o movimento na sexta.

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