O número de vítimas civis no conflito do Afeganistão voltou a aumentar no primeiro semestre de 2015 e alcançou a marca recorde de 1.592 mortos e 3.329 feridos, anunciou a ONU, sete meses depois do fim da missão de combate da Otan no país.

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No relatório semestral, a Missão da ONU no Afeganistão (Unama) registrou uma queda de 6% do número de mortos na comparação com o primeiro semestre de 2014, mas um aumento de 4% do número de feridos.

No total, o número de vítimas aumentou 1% entre janeiro e junho de 2015 na comparação com o mesmo período do ano passado, o mais alto desde 2009, quando os dados começaram a ser registrados.

Os combates entre insurgentes e as forças de segurança representam a principal causa de morte de civis afegãos, segundo o relatório. A ONU destaca que 70% das pessoas são vítimas de ações dos insurgentes.

Desde dezembro do ano passado, quando chegou ao fim a missão de combate da Otan no país, o exército e a polícia afegã enfrentam sozinhas os insurgentes islamitas, em sua maioria talibãs.

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Quase 13.000 soldados estrangeiros permanecem no Afeganistão, mas sua missão se limita a treinar os militares afegãos.

“As estatísticas frias sobre vítimas civis não traduzem o horror da violência no Afeganistão”, afirmou o diretor da Unama, Nicholas Haysom.

* AFP