O futebol catarinense teve um ano conturbado na esfera jurídica. O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) viu a sua credibilidade abalada por divergências dentro da instituição em decisões polêmicas no Estadual de 2008. O árduo desafio de melhorar a imagem ficará nas mãos do novo presidente, Luciano Hostins, de 36 anos.

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Os casos da bomba no Estádio Heriberto Hülse e do “cai-cai”, quando Avaí, Criciúma e Atlético, de Ibirama, foram absolvidos no Pleno após serem condenados em primeira instância, ainda estão frescos na memória da sociedade catarinense.

Luciano admite que houve um desencontro nos veredictos e afirma que, para evitar que isso se repita, irá promover, durante sua gestão, reuniões entre os integrantes do TJD.

– Nós precisamos criar mecanismos de aproximação entre os auditores para que a gente possa chegar a uma uniformidade nas decisões – esclareceu.

Uma das mudanças da nova gestão do TJD será o aumento de três procuradores para seis, que poderão analisar profundamente um processo.

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– Acredito que se a procuradoria trouxesse outros elementos no caso do julgamento do Atlético, de Ibirama, o resultado poderia ser diferente – comentou.

A impressão de que haveria uma maior rigidez por parte do tribunal foi ofuscada no primeiro julgamento com a participação da nova composição, quando os jogadores envolvidos nos incidentes durante o clássico entre Avaí e Figueirense foram punidos com a pena mínima.

– Esta expectativa foi frustrada com a decisão da Primeira Comissão Disciplinar. Na verdade, eu não posso mudar a forma de decidir de quem está julgando – concluiu.