Eleito para comandar o Marcílio Dias até 2016, o novo presidente do Marinheiro, José Carlos dos Santos, tem planos ambiciosos para o clube. O principal deles é focar nos associados e ampliar os atuais nove sócios em dia para pelo menos 2 mil em sua gestão. Além de criar um calendário e incentivar os associados, ele explica que terá uma relação mais próxima com a torcida Fúria Marcilista, pregando a paz nos estádios.
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Como principal desafio, o novo presidente precisará driblar a situação financeira do clube, equilibrar as contas e atrair novos patrocinadores – consequentemente melhorando as contratações e aumentando as chances da equipe brigar pelo título do Campeonato Catarinense, um dos seus sonhos. Confira a seguir a entrevista com o dirigente:
Quais serão os primeiros passos à frente do Marcílio Dias?
Primeiro nós vamos tentar organizar a casa. Estamos em tratativas com o Marlon Bendini (agora ex-presidente) para que possamos assumir já na segunda-feira para começar a avaliar a situação, pois a nossa posse oficial seria só no dia 15 de novembro. Pretendemos convocar uma auditoria para poder ver todas as contas, passar tudo a limpo e deixar transparente.
Era um sonho ser presidente do Marcílio Dias?
Com certeza, há 15 anos que tenho esse sonho, participei de muitas reuniões do Conselho Deliberativo pra um dia chegar aqui. Comecei minha história no Marcílio como ambulante, trabalhando no estádio há 20 anos. Faz 30 anos que estou em Itajaí e logo que comecei a trabalhar no clube, torcia para o Marcílio. Depois fui trabalhando nos bares e entrando, até chegar no Conselho. Meu sonho é ver o Marcílio Dias grande, ver o Marcílio campeão. Esse é um projeto de Deus na minha vida, ser presidente e campeão do Catarinense.
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Qual o planejamento para a próxima temporada?
Nossa gestão tem muitos projetos pra realizar, mas vamos ter que sentar de novo e avaliar. Há dois meses já estamos começando a organizar as coisas e pensar na temporada, mas era necessário vencer as eleições. Já fizemos alguns contatos com jogadores, temos nomes sondados, mas só vamos divulgar as contratações a partir do dia 15 de novembro, quando assumimos.
E as categorias de base, como funcionarão?
Hoje não existe base no Marcílio Dias. A partir de agora vamos começar do zero e esse trabalho vai ser fundamental para o time. Esse é um dos projetos que já vamos começar a tocar esse ano e entre janeiro e fevereiro a base vai ser montada.
Foi uma surpresa perder a vaga na Série D do Brasileirão?
Na verdade essa vaga nunca existiu, foi só de boca, nunca esteve no papel. A gente trabalhava pra isso, mas sabemos como funciona a CBF e a Federação Catarinense.
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Algum jogador pode retornar para o time? Como o Schwenck, que se destacou jogando aqui neste ano?
Hoje está fora da realidade do clube, mas não está descartado. Vamos ver o que vai encaixar, conforme as empresas forem patrocinando. Atualmente não tem condições nenhuma.
Qual o maior problema do Marcílio Dias?
O problema mais grave é o financeiro. A gente não sabe de toda situação porque ainda não entrou. Mas vamos trabalhar o marketing para atrair mais patrocinadores.
Quais seus planos para atrair os sócios?
Esse é um projeto muito importante. A estratégia vai ser conscientizar o sócio sobre como vai ser o trabalho, o campeonato. Ter um calendário para o sócio é muito importante. Conscientizá-lo de que não é só ser sócio pelo futebol, mas pelo bem do Marcílio Dias, para dar sustentação. Já temos gente preparada para isso e vamos fazer um chamamento.
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Quantos sócios em dia o Marcílio tem hoje?
São nove sócios em dia. Os outros não pagaram porque não existia um planejamento pro sócio. Queremos fazer uma campanha e pretendemos ter três planos para sócios, mas ainda vamos conversar sobre como isso vai funcionar. O sócio é o mais importante e vai ser o foco do clube. Meu projeto é colocar 2 mil sócios no Marcílio. Se conseguirmos atingir essa meta, as empresa já veem diferente. Queremos que a família venha para o estádio, as crianças, será uma emoção diferente.
E sobre a Fúria Marcilista, o que o senhor pretende fazer tendo em vista os últimos acontecimentos?
A Fúria Marcilista é uma torcida independente, mas temos que tratar essa questão com muito carinho. A torcida é muito útil para o Marcílio, mas tem que ser organizada diferente. O presidente tem que ter o contato com o torcedor da Fúria, fazer reuniões antes dos jogos e colocar o sentido da paz nos estádios e nós vamos pregar isso.