“Ao assumir a Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic) preocupam-me, em particular, as questões relacionadas com segurança pública, infraestruturação regional, deficiências no fornecimento de energia, rodovias, ferrovias, armazenagem, portos, aeroportos, formação profissional etc. Sabemos que é muito complexo administrar um município com elevadas demandas sociais como Chapecó. Embutidos em altas taxas de crescimento vêm problemas como a criminalidade e os bolsões de miséria.
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Para que o crescimento se traduza em desenvolvimento são necessários fortes investimentos públicos, pois hoje as demandas sociais por escolas, creches, postos de saúde, saneamento etc. são muito elevadas em face do acelerado crescimento urbano. Uma das medidas em debate deve ser o controle da migração regional. Um mar de desafios e dificuldades também assola o empresariado. A carga tributária e trabalhista está cada vez mais insuportável.
Os custos das deficiências de infraestrutura e da mão de obra cresceram muito e afetam a competitividade. Se não conquistarmos as ferrovias nem duplicarmos as rodovias, os grandes investimentos migrarão para outras regiões brasileiras. Já temos o alerta das agroindústrias, que estão dando preferência ao Centro-Oeste do país. Nossas esperanças em reformas trabalhista, tributária, eleitoral etc. já se esvaíram diante da falta de vontade política.
Ainda há esperança na infraestrutura regional, cujas deficiências trazem reflexos mais danosos às empresas e à economia regional. Aos gestores públicos e à classe política transmitimos a certeza de que seremos leais parceiros para ações, planos e projetos sintonizados com as necessidades da população, embora jamais abriremos mão da prerrogativa da avaliação independente e da crítica leal.“
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