Na próxima segunda-feira (6), às 14h, ocorre a assembleia definitiva da recuperação judicial do JEC, mas em coletiva na manhã desta quinta-feira (2), na Arena Joinville, a diretoria do clube apresentou a proposta que levará aos credores com as condições de pagamento.

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A coletiva contou com o presidente Darthanhan Oliveira, o CEO Geraldo Campestrini e o diretor jurídico Thiago Beltrame. Para não falir, o clube precisa da aprovação da maioria dos credores e começar o pagamento. No total, são R$ 21,1 milhões de dívidas, com R$ 13,8 milhões de dívidas trabalhistas.

AN 100 anos

Em resumo, este é o plano do JEC: pagar a dívida de R$ 21,1 milhões em até 10 anos, em parcelas divididas nos 120 meses, com início em R$ 30 mil por mês, aumentando pelo menos 20% ao ano de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

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Para ajudar a quitar, o clube entende que teria uma aceleração dos pagamentos, repassando 30% de tudo que receber, seja direito de transmissão, premiações em competições, vendas de atletas, etc. Isso, por exemplo, ajudaria o Joinville a antecipar também parcelas de 2033, ou anos anteriores, começando de trás para frente.

A proposta inicial dos credores era a quitação em 12 meses, com parcelas de R$ 750 mil. O clube rejeitou. Segundo Darthanhan, não teria como aceitar as condições.

— O que estava na mesa é totalmente impensável para a realidade do clube. Se aceitássemos, o JEC quebraria na semana seguinte — disse.

— A gente respeita muito os credores (…) Só pedimos também que entendam a realidade do clube. De como o clube vai conseguir quitar os seus passivos. Qual é a nossa matéria prima? É começar a se reerguer como clube de futebol, ter desempenho desportivo novamente, conseguir subir de divisão, conseguir participar de competições (…) — acrescentou.

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As dívidas trabalhistas, a maior preocupação do clube, tem prioridade nos recebimentos.

Além da assembleia próxima, o JEC enfrenta o Avaí no próximo domingo (5), às 17h, na Arena Joinville, pressionado por vitória para entrar na zona de classificação, e garantir uma vaga na série D de 2024, quando teria mais dinheiro para também ajudar na recuperação judicial.

*Sob supervisão de Lucas Paraizo

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