O projeto do novo plano de carreira do magistério não deverá ser votado neste fim de ano pela Assembleia Legislativa do Estado. O cronograma previa avaliação hoje na Comissão de Constituição e Justiça e amanhã nas comissões técnicas, com votação em plenário na sessão ordinária.
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Uma reunião entre os líderes dos partidos da base aliada e os presidentes das comissões técnicas está agendada para esta manhã. Eles devem apreciar a decisão do governador Raimundo Colombo de assinar uma medida provisória incorporando a regência de classe nos salários dos professores. Atenderá pedido dos deputados governistas que fizeram um apelo ao Centro Administrativo para evitar novos confrontos neste fim de sessão legislativa.Assinada a MP, o governo teria um novo tempo de alguns meses para negociar com os professores outras alternativas do plano de carreira. Além disso, a incorporação da regência vai permitir, segundo a análise do governo, a descompactação da tabela salarial, valorizando os professores com pós-graduação.
O secretário da Educação, Eduardo Deschamps, tem claro o seguinte: se não incorporar a regência, o governo terá que pagar o reajuste do piso salarial de 11,36%, a partir de janeiro de 2016. Representará despesas de mais de R$ 60 milhões. O governo quer usar estes recursos para melhorar a remuneração dos professores em fim de carreira, com titulação, que tiveram os salários achatados por conta do piso salarial aplicado no período.