Um planeta descoberto em zona potencialmente habitável é o mais novo candidato de astrônomos para abrigar vida. O Gliese 832 c é bastante parecido com a Terra: coberto por nuvens, recebe energia de sua estrela comparável com a que recebemos do Sol, e mantém temperaturas em que a vida como a conhecemos pode se desenvolver. O problema é que está um pouco longe, a 16 anos-luz de distância daqui, e é um tanto temperamental.

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O novo exoplaneta (que fica fora do Sistema Solar) foi incluído em um catálogo de mundos habitáveis que já conta com 22 outros mundos. Ele so soma a uma lista de 1,8 mil exoplanetas confirmados – muitos, no entanto, próximos ou afastados demais de suas estrelas, e assim, acreditam os astrônomos, sem condições propícias de abrigar vida.

O Gliese 832 c tem pelo menos cinco vezes a massa da Terra e, apesar de ficar a uma distância aceitável de sua estrela (a anã vermelha Gliese 832), conta com grandes mudanças sazonais. A atmosfera lá é similar à nossa, segundo as estimativas da equipe internacional de astrônomos que descobriu esse mundo, mas pode ser mais densa. Essa característica tornaria a mais nova super-Terra um planeta quente demais para os humanos e mais parecido com Vênus.

A estrela Gliese 832 abriga outros dois planetas já descobertos: um é gelado demais, como Júpiter (Gliese 832 b) e foi descoberto em 2009; o outro tampouco tem características desejáveis para a existência de vida como na Terra. Os astrônomos identificam esse como uma versão menor do nosso Sistema Solar, e consideram o planeta recém-descoberto um dos três mais semelhantes àquele em que vivemos.

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Comparação do planeta potencialmente habitável com a Terra

Foto: PHL @ UPR Arecibo / Divulgação