O novo Chevrolet Onix, que terá pré-apresentação mundial no dia 21 deste mês, em São Paulo, trará tapetes feitos com componentes recicláveis como garrafas pet, e cobertura da correia dentada a partir de cinzas de casca de arroz. Na picape S10, 95% de todo o material usado no modelo é reciclável e recuperável. Esses são alguns dados do Relatório Anual de Sustentabilidade de 2011 da General Motors do Brasil (GMB) apresentado ontem em Porto Alegre.
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O vice-presidente da GMB, Marcos Munhoz, explicou que a opção pela capital gaúcha foi feita porque o complexo de Gravataí, na Região Metropolitana, é a primeira unidade da corporação no país sem necessidade de aterro para deposição de resíduos na produção de veículos. O relatório, que será publicado a cada dois anos, foi orientado pelas diretrizes da organização holandesa Global Reporting Initiative (GRI). Além da versão impressa, o relatório também estará disponível no site da empresa. O preocupação com o ambiente na GM vem desde 1956, quando a área de engenharia ambiental começou o tratamento de efluentes.
A ideia do programa Aterro Zero em Gravataí surgiu com o projeto de duplicação da planta gaúcha e inclui todo o processo de produção de veículos. A nova fábrica de Joinville (SC), que produzirá motores e cabeçotes, segue o mesmo objetivo, que até 2020 deverá atingir todas as unidades da GM no mundo. Os dados revelam que, no Brasil, apenas 13% dos resíduos em geral são reciclados. Os 87% restantes se transformam em lixões e aterros. O programa de sustentabilidade da empresa envolve as 14 áreas da empresa, como produção de veículos e administração, e também concessionários e fornecedores.
Os resíduos não recicláveis de um veículo na GM caíram de 13,65 quilos, em 2005, para 4,36 quilos, no ano passado. Atualmente, a montadora utiliza materiais alternativos como fibras de cana-de-açúcar nos porta-pacotes dos seus veículos, pó de madeira nos painéis de portas. Também são aplicados feltros de fibras mistas e poliuretano 100% reciclado no isolamento acústico.
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