O centro universitário UniSociesc abriu um espaço para a história da computação, com diversos equipamentos raros, para os amantes de tecnologia e curiosos visitarem em Blumenau. O iMuseum terá a inauguração oficial no dia 21 deste mês, uma quinta-feira, às 19h, com uma palestra do fundador Henrique Bilbao.
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O acervo único reúne um total de 1.675 equipamentos e itens históricos das tecnologias de informação e comunicação, que vão desde notebooks, computadores, iPods, iPads, mouses, fones, caixas de som a revistas. O museu está instalado em uma sede temporária no centro universitário, responsável pela organização e gestão das visitas. O espaço fica na Rua Pandiá Calógeras, 272, 5º andar, sala 525, no bairro Jardim Blumenau.
Uma recepção exclusiva para doadores e imprensa ocorre às 18h do dia 21, em que será a inauguração. A abertura oficial terá uma palestra de Henrique Bilbao, fundador e presidente da Associação Acervo de Tecnologia iMuseum. O final conta com uma visita à sala expositiva em grupos formados por até 25 pessoas. O evento é gratuito e aberto ao público, mas é preciso fazer uma inscrição on-line para garantir a vaga, que não tem custo.
— O iMuseum conecta gerações e preserva a história da tecnologia, permitindo que o público tenha contato direto com equipamentos que marcaram épocas e transformaram nossa forma de viver e trabalhar — afirma Gisele Baumgarten Rosumek, professora responsável pelo projeto na UniSociesc, em nota.
A partir do dia 27, o espaço ficará aberto para visitação regular às quartas-feira, das 17h às 21h, com agendamento prévio pelo e-mail visitas@imuseum.com.br. A sede temporária da UniSociesc em Blumenau ficará ativa até a conclusão da futura sede definitiva, atualmente em construção.
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Confira algumas fotos do iMuseum
Saiba quais são alguns itens do acervo
Os ícones históricos da Apple atraem a maioria dos olhares, como o Apple II, lançado em 1977. Este microcomputador compacto de plástico bege, com teclado embutido e saída para TV, foi pioneiro na computação colorida e uso pessoal desses equipamentos. Equipado com som mono, interface para fitas cassete, controlador de vídeo de 24 linhas por 40 colunas e 4 KiB de RAM, ele vinha somente com uma base, em que estavam todos os dispositivos dentro, e o teclado acoplado, ou seja, não tinha tela. Para ser usado, precisava ser conectado a uma televisão. Mesmo assim, foi revolucionário.
No acervo, também está o Apple Lisa, de 1983. Foi um dos primeiros computadores pessoais a ter uma interface gráfica e um mouse, inspirado nas estações de trabalho da Xerox. A proposta era tornar estes dispositivos mais fáceis de usar em prol da produtividade. O Lisa tinha um pacote de aplicativos de texto, planilha, gráficos, projetos, lista de tarefas e até um emulador de terminal, com memória protegida e multitarefa preventiva. Porém, ainda foi considerado um fracasso comercial pelo preço alto e problemas técnicos, sendo um item de colecionador.
O iMac G3 azul, de 1998, é outra raridade exposta na coleção. Ele é um computador translúcido e colorido em formato quase oval, com monitor CRT embutido, que transformou o PC em um objeto de design, que ressuscitou a Apple. Ele vinha com a construção em plástico translúcido colorido, que poderia ser de cinco cores: roxo, laranja, verde, rosa e azul. O objetivo era que fosse um produto desktop da Apple, um computador barato, voltado para o uso doméstico, em que o usuário se conectaria facilmente à internet.
Alguns dos itens do acervo foram doados pela empresa Blusoft, como o computador Cobra-300. Lançado em 1979, era um microcomputador brasileiro de placa única, com teclado embutido e gabinete compacto como um desktop, que trouxe, pela primeira vez, um equipamento autônomo com 48 kb de RAM e unidade de disquete de densidade dupla ao mercado nacional. Ou seja, simbolizou um avanço na produção de equipamentos de informática no Brasil.
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O iMuseum surgiu vinte anos atrás, quando Henrique Bilbao começou uma coleção pessoal de itens, que cresceu com doações da comunidade e a dedicação de voluntários até se tornar oficialmente, em 2021, a Associação Acervo de Tecnologia iMuseum. Então, começou a ser administrado pelo Projeto de Extensão Tecnologias e Memórias da UniSociesc, que é uma parceira do museu desde 2022.
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