Depois de ganhar a liberação da Vigilância Sanitária Estadual para entrar em funcionamento, o Hospital Municipal de Massaranduba sofre um novo impasse. A organização social aprovada na licitação para gerir a unidade não alcançou os índices mínimos exigidos no edital.
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Agora, a Prefeitura estuda uma alternativa para o hospital. No edital de concorrência, as organizações sociais deveriam apresentar as propostas para administrar a unidade. O Instituto Acqua, de São Paulo, conseguiu o credenciamento, mas não apresentou o projeto.
Já o Instituto Adonhiran, de Penha, apresentou o projeto, mas não atingiu os índices do edital. O principal deles se refere ao coeficiente de endividamento, em que a organização social pediu R$ 200 mil para realizar 30 cirurgias por mês. Na avaliação do município, o valor ficou caro pelo número de cirurgias ofertadas.
A secretária de Saúde, Suzane Elisa Froehlich Reinke, afirma que a administração ficou surpresa pelo Instituto Adonhiran não ter atingido os índices, mas que, na próxima semana, terá uma definição para o impasse.
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– Em um primeiro momento, a própria Prefeitura irá gerir o hospital. O caminho mais certo é que outra licitação seja aberta e que, em um futuro próximo, uma organização social cuide da unidade – informou Suzane.
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Desde 2008, entraves dificultam início da operação
O hospital de Massaranduba nunca entrou em funcionamento devido às exigências da Vigilância Sanitária do Estado. Por isso, a Prefeitura começou, em 2009, a reformar cerca de 70% do prédio. Na construção, foram investidos R$ 3 milhões.
Na readequação foram necessários mais R$ 3 milhões. Para a compra dos novos equipamentos, o custo foi de R$ 800 mil, com recursos do governo estadual. No dia 30 de novembro de 2014, ocorreu a inauguração, mesmo sem a liberação para funcionamento. No começo do ano, o hospital foi vistoriado, mas a Vigilância Sanitária estadual vetou a liberação por falta das cubas e de mobília que não constavam no projeto.
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Em fevereiro de 2015, a Prefeitura cancelou a licitação que definiu o Instituto Adonhiran, de Penha, para administrar o hospital. O motivo apresentado pelo Executivo foi a necessidade de alterar o edital. O prefeito Mário Reinke manifestou que a meta era inaugurar a unidade até o fim de agosto, realizando cirurgias de baixa complexidade.