A Catalunha espera um novo dia de elevada tensão política nesta terça-feira, ante a vontade dos independentistas de dar posse como presidente regional a Carles Puigdemont, apesar das barreiras judiciais e da ferrenha oposição do governo da Espanha.
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A única candidatura é a de Puigdemont, o presidente catalão destituído por Madri no fim de outubro.
A situação será debatida no Parlamento regional a partir das 15h00 (12h00 de Brasília), sob fortes medidas de segurança.
Os partidários do movimento de independência foram convocados para manifestações no centro de Barcelona e depois nos arredores da Câmara.
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As organizações secessionistas pediram aos participantes que utilizem máscaras de Puigdemont, com a intenção de lotar as ruas com o rosto de seu líder.
Mas ninguém sabe se o verdadeiro Puigdemont, que está na Bélgica, viajará até a capital catalã para a sessão de posse, sob risco de detenção pelas acusações de rebelião e sedição.
O Parlamento regional se reunirá apesar de uma decisão de sábado do Tribunal Constitucional – que se reuniu em caráter de urgência a pedido do governo central – que impôs severas restrições.
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Os juízes proibiram uma posse a distância de Puigdemont, o que o obriga a pedir permissão pessoalmente ao juiz que coordena o processo contra os principais nomes do independentismo catalão, para conseguir comparecer à Câmara.
O próprio Puigdemont recorreu contra a decisão. O Tribunal Constitucional se reunirá nesta terça-feira para uma decisão a respeito.
Ao mesmo tempo, o Parlamento catalão deve cumprir o prazo legal para iniciar o debate de posse antes de quarta-feira.
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O presidente independentista do Parlamento, Roger Torrent, que viajou a Bruxelas na semana passada para conversar com Puigdemont sobre os preparativos para a posse, afirmou que a sessão está mantida.
* AFP