O novo corredor de ônibus instalado próximo ao Mercado Público Municipal tem gerado polêmica e opiniões distintas em Joinville. De um lado, os motoristas alegam que o trânsito ficou ainda mais complicado na região, com formações de filas ainda maiores em ruas próximas. Do outro lado, os usuários do transporte coletivo elogiam as mudanças e afirmam que reduziu o tempo de locomoção entre os terminais.
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A advogada Maria Luiza Abreu, 26 anos, trafega de carro diariamente pelo local. Ela alega que, após a implantação do corredor, leva aproximadamente o dobro do tempo que fazia antes para sair da rua 7 de Setembro e chegar até em casa, no final da avenida Procópio Gomes.
– Para vir ao Centro, às 7h40, eu levava de 10 a 15 minutos e agora são de 25 a 30. E para chegar até em casa, no final da tarde, são 45 minutos. Acho que os elevados são a única solução para o problema do trânsito porque Joinville parou no tempo – explica.
Por outro lado, a zeladora Maria Aparecida Severino, 48 anos, defende que o corredor do ônibus foi a melhor coisa que a Prefeitura fez para o trânsito da região. Isso porque o tempo perdido entre casa e trabalho diminuiu consideravelmente nas últimas semanas.
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– Eu marcava no relógio quando estava no ônibus na rua Itajaí e levava cerca de 30 minutos para passar por ali. Agora melhorou muito – conta.
Com a implantação da faixa exclusiva na avenida Paulo Medeiros (Beira-rio), os ônibus que antes precisavam passar pela rua Itajaí e Abdon Batista, agora trafegam pelo corredor e convergem à esquerda na rua Ricardo Stam Gomes (após o Mercado) em direção à rua Aubé. Os veículos que se deslocam no sentido Norte/Sul, em direção ao Boa Vista, continuam passando pela rua Itajaí.
Para quem se desloca no sentido Sul/Norte, pela avenida Procópio Gomes, o caminho é entrar à direita na rua Ricardo Stam Gomes até a rua Cachoeira e, depois, pegar a rua Aubé. Outra opção é seguir pela avenida Paulo Medeiros e, obrigatoriamente, entrar à esquerda na rua 7 de Setembro.

Prefeitura faz avaliação das mudanças
O presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento para o Desenvolvimento Sustentável de Joinville (Ippuj), Vladimir Constante, afirma que o órgão acertou em cheio na mudança, se considerar as melhorias que aconteceram para o transporte coletivo.
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Ele explica que as expectativas foram superadas, já que os ônibus que iam para o terminal do Boa Vista agora fazem o percurso de ida e volta no mesmo tempo que antes levavam apenas para passar pela rua Itajaí.
– As linhas diretas do Guanabara e do Itaum, que também usam o corredor, estão ganhando 15 minutos de economia de percurso – complementa.
No entanto, Constante admite que houve formação de filas maiores nas ruas Aubé, Procópio Gomes, Abdon Batista e Itajaí nos primeiros dias. Ele explica que foram realizadas alterações no tempo de alguns semáforos para dar maior vazão ao trânsito na região, mas que ainda existe filas no horário de pico.
De acordo com o presidente do Ippuj, no início, a fila da rua Aubé se estendia até a Helmuth Fallgatter, e o congestionamento na Procópio Gomes chegava até a Plácido Olímpio de Oliveira.
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– Isso já foi superado. Agora, o trânsito ainda está travado nas ruas Itajaí e Abdon Batista, mas já começou a fluir um pouco mais e entendemos que vamos conseguir reduzir bem as filas.
Uma das medidas tomadas foi proibir a conversão para a Beira-rio, que estava recebendo muitos carros e bloqueando a própria Abdon Batista – a exceção é aos veículos que querem entrar no estacionamento do Mercado Público.
Para facilitar aos motoristas, a Prefeitura ainda vai sinalizar três faixas que poderão ser usadas pelos condutores para seguirem reto, em direção à rua Aubé. A expectativa do Ippuj é que isso acomode o trânsito na via.