Uma adolescente, acompanhada da mãe, foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Lages, nesta quinta-feira (26), com suspeita de ter ingerido água contaminada com ecstasy na escola. Este é o segundo caso semelhante registrado nesta semana no município da Serra catarinense. No dia anterior, duas crianças também foram hospitalizadas após beberem água “batizada” com drogas.
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Em depoimento à Polícia Militar, a adolescente informou que uma amiga, também suspeita da contaminação do dia anterior na mesma escola, trouxe “as balas” de ecstasy que foram ingeridas por outras menores. Tudo teria sido organizado por meio de um grupo no Instagram. A autora afirmou à equipe que obteve as drogas com o pai.
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Além disso, a vítima informou à polícia que outras duas adolescentes também ingeriram as substâncias. Com base nessas informações, a guarnição retornou à escola, onde outra adolescente confirmou a versão da vitima hospitalizada, afirmando que a autora trouxe cerca de oito comprimidos de ecstasy para distribuir entre as amigas.
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Mãe de aluna seria a dona dos entorpecentes
A polícia teve acesso a vídeos e imagens que apontavam uma grande quantidade de ecstasy na casa da autora e acionou o apoio do Pelotão Tático para verificar o endereço. Ao chegar no local, foram recebidos pela avó, que autorizou a entrada dos policiais.
Durante a abordagem, a adolescente negou o envolvimento com as drogas. Porém, foram encontrados resquícios de substâncias ilícitas, como crack e cocaína, na mesa da cozinha e no quarto da residência.
A mãe da autora confessou que estava “tentando virar o crack” (quando pedra de crack é triturada). Durante a busca, foi localizada quatro gramas de cocaína, além de dois comprimidos de ecstasy idênticos aos levados no colégio.
Diante das evidências, celulares foram apreendidos, devido à suspeita de envolvimento em atividades de tráfico. O Conselho Tutelar foi acionado e acompanhou a condução dos envolvidos à delegacia para as devidas providências.
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As provas coletadas, incluindo vídeos, imagens e conversas obtidas via Instagram, foram anexadas ao boletim de ocorrência. Ficou evidenciado que a adolescente foi responsável por levar os comprimidos de ecstasy para o colégio, enquanto a mãe assumiu ser proprietária da droga encontrada na residência.
O que diz a Prefeitura de Lages
Sobre o ocorrido, a Secretaria Municipal da Educação de Lages informou que todas as medidas cabíveis foram imediatamente tomadas, além de um trabalho de conscientização na unidade escolar:
“As três alunas envolvidas foram atendidas imediatamente, a Polícia militar e o Conselho Tutelar acionados. Na quarta-feira (25), duas alunas já retornaram normalmente para a aula, e a direção da Unidade escolar passou o dia de ontem conversando com todos os pais e responsáveis que procuraram a escola para esclarecimentos. A Polícia Militar está cuidando da investigação. Importante ressaltar que nenhum caso semelhante havia sido registrado na escola até então. A situação está agora sob os cuidados do Conselho Tutelar em parceria com a investigação da Polícia Militar. A Secretaria Municipal da Educação de Lages informa que fará um trabalho de conscientização nessa Unidade escolar específica. Lembrando que trabalhos preventivos já são realizados em todas as unidades escolares municipais, para que nenhuma criança ou estudante nunca peguem nada de estranhos (como balas, bebidas etc) ou mesmo de amigos em qualquer ambiente em que frequentam, não só na escola”.
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