O delegado Rodolfo Farah, que investiga o morte do norte-americano Shane Gaspard, 42 anos, está cada vez mais convicto de que o engenheiro foi assassinado. Em conversa com uma das peritas do IGP, Farah apurou que não havia tempo para Gaspard se esfaquear e depois esconder a faca usada.

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_ Ela me contou que a lesão da facada no coração da vítima provocaria sua morte em minutos _diz. Assim, Shane Gaspard não teria tempo de cravar a faca no peito e depois escondê-la em roupas no assoalho do carro, como a faca foi encontrada.

_ Por conta de tudo isso e das muitas contradições nos depoimentos da família, acredito que foi homicídio. Entre as contradições está o fato de algumas pessoas terem dito que não viram Shane no momento em que ele levou a facada. Mas muitas delas viram o norte-americano ir várias vezes até o carro buscar remédios.

_ Não tem como ter visto uma coisa e não ter visto outra _ explica o delegado. Um dos fatos apurados pela polícia até agora é que Shane e a mulher Ana Cristina não conviviam bem como familiares dela contaram. O casal brigava bastante e estaria pensando em se separar antes de o engenheiro morrer.

Shane Gaspard morava em Navegantes, mas comemorava o Natal na casa da sogra em Penha quando morreu. O corpo foi encontrado caído perto da caminhonete dele e a faca usada foi localizada dentro do veículo, escondida em roupas.

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A polícia chegou a trabalhar com a possibilidade de suicídio, tendo em vista que a família de Ana Cristina teria informado que o norte-americano andava depressivo e o laudo cadavérico, que aponta que não houve lesões provocadas por uma possível reação da vítima ao levar a facada. Mesmo assim, a polícia acredita em assassinato.

_ Ainda acho que tem muita coisa mal explicada e vou reinquirir as testemunhas novamente _ afirma o delegado, que já ouviu algumas pessoas três vezes.