Novas imagens publicadas pela expedição RMS Titanic 2024 revelam uma estátua que estava perdida há quase quatro décadas e até mesmo o “sumiço” de uma peça histórica do navio que foi eternizada no filme Titanic, de 1997. As fotos de Diana de Versalhes, artigo de bronze com cerca de 60 centímetros de altura, surpreendem ao mostrar detalhes nunca antes visto do artefato que ficava no chamado “lounge” da primeira classe.

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Diana de Versalhes havia sido vista pela última vez em uma expedição ao fundo do mar em 1986. À época, porém, com menos recursos tecnológicos, foram captadas apenas imagens superficiais da estátua. Agora, é possível ver tanto detalhes do rosto como até minúsculas particularidades na roupa da mulher representada na obra de arte. A peça do Titanic, que complementava o design palaciano do gigante navio, é uma “cópia” da escultura de mesmo nome que está exposta no Museu do Louvre, em Paris.

“Após 112 anos no fundo do oceano e um breve avistamento em 1986, ela ainda está descansando ereta entre quilômetros de destroços. Como as eternas divindades romanas, ela é atemporal. Estamos honrados em divulgar estes visuais de tirar o fôlego capturados pela Marine Imaging Technologies e mostrar os belos e intrincados detalhes de Diana não vistos em mais de um século”, destaca, em nota, a empresa responsável pela expedição que revelou as minuciosidades da obra.

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O desaparecimento da proa

Outra imagem trazida à tona pela expedição 2024 rumo ao Titanic expôs uma “significativa mudança na silhueta” que “abalou” a equipe, como relatou a empresa. Isso porque a proa, antes milagrosamente intacta por mais de um século, perdeu um pedaço de cerca de 4,5 metros. A grade, simbólica por ter sido onde Jack (Leonardo DiCaprio) ensina Rose (Kate Winslet) a “voar” no filme, ruiu. Somente uma intensa pesquisa feita após o descobrimento desse detalhe é que revelou onde estava a peça: ela caiu ao fundo do oceano.

Essa descoberta, conforme os pesquisadores, comprova que a estrutura do Titanic como um todo está se deteriorando e que é preciso correr contra o tempo caso haja interesse em resgatar os valiosos itens que estão perdidos no Atlântico Norte desde 15 de abril de 1912.

“Antes que seja tarde demais”

“Estamos tristes com essa perda e com a inevitável deterioração do navio e dos destroços. Ao longo das próximas semanas e meses conduziremos uma revisão mais completa da condição do Titanic e suas mudanças ao longo do tempo. Embora o colapso do Titanic seja inevitável, essa evidência fortalece ainda mais nossa missão de preservar e documentar o que pudermos antes que seja tarde demais”, finaliza o comunicado da empresa.

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A expedição rumo ao Titanic, vale lembrar, tem quatro objetivos: preservação de imagens e proteção do espaço onde ocorreu o naufrágio, fazer novas descobertas a partir de áreas deterioradas que possam dar acesso ao navio, inspirar a comunidade internacional para futuramente resgatar itens do transatlântico, e honrar os passageiros a tripulação mortos após a colisão contra um iceberg naquela madrugada fria de abril de 1912.

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