Em sua primeira temporada, Jessica Jones foi uma boa atração conduzida por uma personagem carismática, mas contou com outros três fatores para alcançar boa acolhida: ser a segunda série de TV (depois de Supergirl) com uma super-heroína desde a Mulher-Maravilha de Lynda Carter; o fato de que, dentro da história de super-heróis, a série desenvolvida pela parceria Marvel/Netflix conseguiu encaixar temas adultos e relevantes como abuso sexual e trauma; e, finalmente, a figura sinistra de Killgrave (David Tennant), um dos poucos vilões interessantes de fato no elenco de personagens da editora no audiovisual.
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A segunda temporada da série criada por Melissa Rosenberg (Dexter), adaptada dos quadrinhos de Brian Michael Bendis e Michael Gaydos e que estreia emblematicamente no Dia da Mulher – na próxima quinta –, precisa se virar sem essas três vantagens.
OK, spoilers da primeira temporada a partir daqui. Sem Killgrave, morto pelas mãos da própria Jessica (Krysten Ritter), a série resolve se amparar no fato de que a protagonista é, no fim das contas, apesar dos superpoderes, uma detetive particular. Esta nova fase, a julgar pelos cinco primeiros episódios disponibilizados pela Netflix à imprensa, se concentra muito mais em Jessica como investigadora (há até mesmo alguma narração em off, fiel ao estilo tradicional do noir) e se dedica a fazer mistério com a identidade dos principais antagonistas da heroína.
O público reencontra Jessica não muito longe do ponto em que se despediu dela (o que significa que a série solo praticamente não faz referência a nada que tenha ocorrido em Defensores). Muito por insistência de sua amiga e irmã adotiva Trish Walker (Rachael Taylor), Jessica começa a investigar as circunstâncias nas quais ganhou seus poderes, na sequência de um acidente que matou todos os demais integrantes de sua família.
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