Andar de táxi está mais caro em Joinville. Em março, a Prefeitura autorizou o reajuste das tarifas do serviço, mas o efeito do aumento demorou para ser sentido no bolso dos passageiros.
Continua depois da publicidade
Isso porque, mesmo com o decreto municipal, a nova cotação só começa a valer quando os donos dos táxis fazem a alteração no taxímetro, o que só ocorre com licenciamento e fiscalização da Secretaria de Infraestrutura Urbana (Seinfra).
Leia mais notícias sobre Joinville e região no AN.com.br
Hoje, cerca de 50% da frota de táxis de Joinville já fizeram a adequação de preços, e os reajustes, que podem chegar a 40%, não passaram despercebidos.
– O último reajuste tarifário aconteceu em junho de 2014. Desde então, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) já chegou a 7,68% e o aumento no preço dos derivados do petróleo passou dos 8%. Foi com base nestes novos valores que a categoria pediu e negociou o reajuste – explicou Glaucus Folster, gerente da unidade de transporte e vias públicas da Seinfra.
Continua depois da publicidade
Conforme Folster, Joinville tem 309 táxis registrados – cerca de 50% deles já rodam com o novo valor. A outra metade deve fazer os ajustes até o final do mês. Pelo menos o preço da bandeirada permaneceu intacto, em R$ 4,90. O que aumentou foi o preço por quilômetro rodado, com 8% de reajuste na chamada bandeira 1 e 10% na bandeira 2.
– Quem costuma fazer trajetos curtos não vai sentir a diferença. Muda mesmo é para aqueles que passam bastante tempo dentro do táxi, já que a diferença ficou no preço pela distância percorrida – explica a taxista Luciana Wiemes, que atualizou as tabelas na última segunda-feira.
A tarifa que mais subiu foi a da hora parada, passando de R$ 15 para R$ 21, um aumento de 40% se comparado ao preço de 2014.
Hora parada teve maior reajuste por causa do comportamento de clientes
A nova tabela de preços é resultado da negociação entre a Seinfra e o Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários de Joinville (Sincavir). Segundo Francisco de Assis, presidente do Sincavir, muitos taxistas da região já estavam tendo de arcar com alguns custos, tirando dinheiro do próprio bolso.
Continua depois da publicidade
– A situação só ficou realmente insustentável com o aumento nos preços dos combustíveis. Dali em diante, era uma questão de tempo até que tivéssemos de repassar esse aumento às tarifas – afirma Assis.
Ele explica que houve um reajuste maior no valor da hora parada para tentar mudar um hábito antigo dos clientes joinvilenses, que é o de deixar os taxistas esperando, às vezes, por mais de uma hora.
– Em casos assim, é mais barato e eficiente para o taxista e para o cliente deixar o táxi livre e pedir um outro na hora de ir embora. Carro parado não dá lucro para o taxista e dá prejuízo para o cliente. Por isso esse aumento na hora parada – ressalta.
De acordo com o gerente de transporte da Seinfra, Glaucus Folster, o aumento de 40% da hora parada dos táxis se deve também ao preço da bandeirada, que permaneceu igual.
Continua depois da publicidade
– Foi um reajuste considerável, mas pelo menos o preço da famosa bandeirada ficou igual, em R$ 4,90, sem alterações no valor – destaca.
Nova tabela de preços