Três mortes em sete meses e meio. Esse é o balanço até o momento na Serra da Vila Itoupava. O trecho tem 1,8 quilômetro e acumula 42,8% dos óbitos registrados neste ano na área de responsabilidade da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) de Blumenau, que cuida de aproximadamente 47,7 quilômetros da SC-108. O número corresponde ao total registrado em 2017 inteiro no mesmo perímetro. Em menos de 2 mil metros, o total de acidentes, até a noite de quinta-feira, era de 25 e o número de feridos chegou a 15.

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As obras da nova SC-108, como é chamado o prolongamento da Via Expressa, iniciaram em 2016 e são aguardadas por motoristas e autoridades. Não só pela melhoria na trafegabilidade da região Norte de Blumenau, mas também pela possibilidade de redução de acidentes. O sargento da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) de Blumenau, Nildo Pasta, diz que cerca de 70% do movimento de veículos pesados que hoje passam pela rodovia estadual será direcionado para a estrada em construção.

Para a engenheira civil Angélica Gris Crestani, a entrega da nova estrutura é urgente. A constatação dela é de que a SC-108 já não comporta mais a quantidade de veículos que rodam pelo local diariamente. Mas, por enquanto, os serviços estão parados e não há previsão de conclusão. Por meio da assessoria de imprensa, o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) informou que, por se tratar de obra de implantação de rodovia em área urbana, os prazos acabam sendo estendidos em função de interferências como desapropriações, redes de energia elétrica, água, telefonia e gás.

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O prolongamento terá 15,6 quilômetros e pelo prazo inicial era para estar pronto. A ordem de serviço foi assinada em setembro de 2014 e tinha prazo previsto para a conclusão dos trabalhos de 36 meses. Até o momento, apenas um trecho de 1,8 quilômetro recebeu os serviços. Quando for concluída, a via irá ligar a BR-470 e a Via Expressa com a Serra da Vila Itoupava, desafogando o trânsito.

Quase quatro anos depois, nem mesmo o primeiro trecho foi concluído, em razão de problemas com indenizações. A obra deve passar dos R$ 200 milhões. A expectativa é de que, depois de pronto, o trecho receba 17 mil veículos por dia.