Larri Passos dirigiu 86 quilômetros de Balneário Camboriú até a sede da Federação Catarinense de Tênis. O mentor de Gustavo Kuerten veio especialmente até Florianópolis para trazer sua pupila, Beatriz Haddad Maia. A paulista de 16 anos é uma das apostas do Brasil no tênis feminino. Bia, como é carinhosamente conhecida, ainda não sabe se vai ser convidada para jogar o qualifying ou a chave principal no Brasil Tennis Cup, mas o fato de atuar em um WTA é motivo de grande motivação.

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Sob um sol forte Bia trabalhou mais de duas horas com Larri na quadra cinco da FCT. Trocas de bola, saques, subidas na rede e muita conversa. A tenista brasileira teve que escutar muito do seu treinador, que exigente não deixa passar nada.

– Ele (Larri) é um ídolo. Até arrepia falar disso, porque eu via ele com o Guga pela televisão e não esperava ser treinada pelo Larri. Ele vai para os torneios acompanha tudo de perto. Ele não precisa fazer isso, mas faz. Ele traz uma energia impressionante. O pessoal acha que ele é louco, mas quem conhece sabe que ele é nota 10 – analisou Bia Haddad.

O ano de Bia começou na competição juvenil do Australian Open, primeiro Grand Slam do ano, ela foi eliminada na segunda rodada pela turca Ipek Soylu. Porém, 2013 é um ano de transição para a paulistana. Apesar de ter idade para disputar torneios juvenis por mais dois anos, Bia Haddad quer começar a subir no ranking profissional já este ano para não sofrer quando for obrigada a realizar a transição definitiva entre as duas categorias.

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Em 2012, foram seis torneios disputados na categoria profissional, com o vice-campeonato do ITF de Ribeirão Preto, em abril, e as quartas de final em Campos do Jordão, em julho. Bia chegou a disputar o qualifying do WTA de Quebec City, no Canadá, mas caiu na primeira rodada.

– Eu levei a Bia para conhecer Quebec. A experiência foi sensacional. Ela perdeu no terceiro set no qualifying, mas você via nos olhos a empolgação. Então, é um trabalho de formiguinha. E tendo um WTA aqui dentro fica mais fácil – explicou Larri.

Bem humorada e simpática, Bia sabe que o momento é de ganhar experiência e de ter contato com a torcida brasileira.

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– É sensacional. Parabéns para a CBT por trazer o campeonato para cá. Vai ser bom também para as meninas do Brasil conhecerem e assistirem como as tenistas de fora jogam – finalizou Bia.