As dificuldades iniciais na relação com a Assembleia Legislativa também expõem uma nova postura do Centro Administrativo na articulação política. São comuns as afirmações de que o governo não está sabendo ler os gestos da base – o que pode colocar em risco a aprovação do novo plano de carreira dos professores e a fusão das agências.
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– Governo tem que aprender a ler os recados que são enviados através da tribuna ou do microfone de apartes. (o deputado peemedebista) Fernando Coruja disse duas ou três vezes que não votaria a favor da MP porque ela não cumpria o requisito de urgência. O que aconteceu? Esse foi o argumento do relatório de Mauro de Nadal contra a MP – lembra um parlamentar.
Secretário da Casa Civil, Nelson Serpa (PSD) afirma que a relação entre Executivo e Legislativo precisa levar em consideração a rejeição da sociedade ao chamado “toma lá, dá cá”.
– Hoje há um grau de exigência da sociedade que nos aponta na direção de que a política do toma lá dá cá não funciona. Pode, em situações pontuais, até trazer um resultado positivo, mas lá na frente não se confirma. Outra questão que temos que considerar é que qualquer ação que possa ser vista como fisiologismo, em vez de fortalecer a relação, desgasta a relação entre Legislativo e Executivo – afirma.
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A escolha de Silvio Dreveck (PP) para a função de líder do governo também seria um gesto ainda não assimilado. O pepista discorda da avaliação.
– Não tenho dificuldades com o PMDB, tenho uma relação muito boa com todos os deputados. Não estou dizendo que eles vão votar a favor ou contra, mas nossa relação é muito boa – afirma Dreveck.
O líder do governo considera que a base será testada em breve e não quis arriscar um palpite sobre o tamanho do apoio a Colombo no plenário da Assembleia.
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– Não posso obrigar ninguém a votar com o governo. Eu vou fazer o pedido. Se os partidos aliados, que têm nomes ocupando cargos no governo, não votarem, vão ter que falar com o governo, não comigo.