A família 207 aumentou e, com ela, o orgulho da Peugeot brasileira de construir a primeira picape compacta da marca francesa no planeta. O Hoggar (pronuncia-se ô-gár) tem como pontos fortes a maior caçamba do segmento, design sedutor e a dirigibilidade de carro de passeio aliada à robustez de um utilitário.
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No projeto da Hoggar foram investidos R$ 100 milhões, e a expectativa da fábrica é de arrebatar 10% do mercado de picapes compactas até o final de 2011. Mas, para isso, a Peugeot vai ter de rebolar. A começar pelo preço em relação à concorrência. A versão de entrada X-Line (R$ 31,40 mil) está posicionada acima da Fiat Strada e da Chevrolet Montana, mas abaixo da Ford Courier e da Volkswagen Saveiro.
Para o presidente da Peugeot do Brasil, Guillaume Couzy, o preço é competitivo. Ele aposta que a qualidade do produto fará a diferença. E vai mais adiante na ofensiva francesa para ampliar as vendas da marca no Brasil e no mundo:
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– Até 2015, a Peugeot vai saltar da 10ª para a sétima posição no ranking mundial. Vamos lançar 14 novos produtos até 2012.
Para alcançar seu objetivo no país, a Peugeot está investindo R$ 1,4 bilhão na fábrica de Porto Real, no Rio:
– Para aumentar a produção e acelerar lançamentos.
Nesse contexto de crescimento global, a Hoggar, criada e desenvolvida no Brasil, nasce com a importante missão de consolidar e legitimar a imagem da Peugeot como marca nacional.
Uma tarefa de peso, diante da forte concorrência de montadoras instaladas aqui desde o início da década de 1960.
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| PREÇOS |
| Hoggar X-Line 1.4 8v R$ 31,40 mil |
| Hoggar XR 1.4 8v R$ 35,35 mil |
| Hoggar Escapade 1.6 16v R$ 43,50 mil |
Prazer em dirigir e agilidade nas manobras
Em 110 anos de história como fabricante de automóveis no mundo, a Peugeot ainda não havia desenvolvido uma picape compacta, um tipo de veículo criado aqui no país. Coube ao Brasil, quinto no ranking de produção da marca francesa, desenvolver o projeto global. A missão foi árdua, porém, gratificante.
A engenharia brasileira se debruçou no projeto por longos três anos – a frente original era a do Peugeot 206, que saiu de linha. Foram mais de 1 milhão de quilômetros rodados, 320 técnicos envolvidos e milhões de dólares investidos. A primeira picapezinha mundial da Peugeot tem seus méritos. Entre eles, a condução e a maior caçamba da categoria – são 1.151 litros de volume ou 742 kg de carga útil.
Para atingir as duas metas (dirigibilidade e espaço para carga), a marca francesa uniu dois sucessos de mercado: o 207 brasileiro emprestou a dianteira e a cabine; e a multivan Partner contribuiu com a traseira, suspensão (por barra de torção), caixas de roda, longarinas, piso da caçamba e eixo.
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E essa costura deu resultado. Sobre Rodas pôde conferir os atributos da Hoggar em mais de 100 quilômetros de test drive, percorridos na Ilha de Santa Catarina. A reportagem rodou com o modelo Escapade, com motor 1.6, de 16v, no trânsito pesado, em estradas com piso irregular e no asfalto, além de subidas e descidas íngremes.
A maior virtude da Hoggar é o prazer de dirigir. Ao conduzir a picape até se esquece que tem uma grande caçamba atrás (o percurso foi cumprido sem carga). As reações são de automóvel. As dimensões do veículo não chegam a influir na condução, mesmo no centro da cidade. O motor é ágil e elástico.
Só é preciso torcer para não furar pneu, porque, para deixar a Hoggar com a maior caçamba da categoria, uma das soluções foi colocar o estepe sob a carroceria. Um detalhe que não prejudica o conjunto.