Uma nova série de atentados deixou 33 pessoas mortas e 106 feridas neste domingo no Iraque. Os atentados aconteceram na capital Bagdá, e em Taji, Kut, Baquba e Khan Beni Saad. A nova onda de ataques, cujo número de vítimas foi informado por fontes médicas e da segurança, eleva para 253 o número de pessoas mortas desde 1º de setembro em meio à violência endêmica que atinge o país. Pelo menos 803 pessoas ficaram feridas, segundo contas da agência AFP.

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Segundo uma fonte do ministério do Interior, apenas em Bagdá e região 25 pessoas morreram e 59 outras ficaram feridas. No centro da capital, um homem explodiu seu carro-bomba em uma rua do bairro Karrada, segundo um oficial da polícia no local do atentado. Menos de uma hora depois da explosão, as carcaças de carros atingidos continuavam em chamas e as vitrines de lojas estavam em pedaços, segundo um jornalista da AFP, que relatou ter visto os restos do suicida.

– Estávamos trabalhando quando ouvimos uma forte explosão. O ar mudou e tudo explodiu – contou à AFP Firas Daoud, um residente local.

– O que eu acho das medidas de segurança? Uma porcaria. As explosões não ligam para as medidas de segurança. Estou em minha loja e eu temo pela minha vida – acrescentou Abu Ihab, um lojista.

Apenas duas horas mais tarde, um segundo carro-bomba explodiu quase no mesmo lugar.

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Também em Bagdá, um policial foi morto por homens armados e quando uma patrulha chegou ao local, um outro carro-bomba explodiu.

Em Taji, no subúrbio, quatro atentados com carros-bombas atingiram um bairro de maioria xiita. E em al-Madain, 25 km ao sul da capital, um ataque similar teve como alvo um carro de peregrinos iranianos, enquanto em Tarmiya, dois dispositivos explosivos improvisados atingiram uma patrulha da polícia e uma outra do exército.

Campanha militar

Na província, a região de Baquba foi sacudida por três explosões com carros-bombas, matando três pessoas. E em Kut, uma cidade localizada 160 km ao sul de Bagdá, uma bomba explodiu perto de uma delegacia. Quatro pessoas, incluindo três policiais, morreram e outros sete ficaram feridos.

Finalmente, na região de Mossul, a 350 km ao norte de Bagdá, vários atentados fizeram pelo menos 19 feridos.

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Durante a tarde, o general Abdul Jalil al-Assadi, chefe de polícia da província de Diwaniya anunciou a prisão de dois homens que se dirigiam para a principal cidade da província de mesmo nome em veículos cheios de explosivos. De acordo com o oficial, os suspeitos fazem parte do Estado Islâmico do Iraque (ISI), um ramo da Al-Qaeda no país.

Esta nova onda de ataques não foi reivindicada, mas, em julho, o ISI anunciou o início de uma “campanha militar” e sua intenção de libertar seus membros presos.

Quinta-feira à noite, insurgentes atacaram a prisão de Tikrit, a 160 km ao norte de Bagdá, de onde cerca de 100 prisioneiros escaparam. Segundo o ministério do Interior, “47 entre eles pertencem à organização terrorista”.

O ministério anunciou na sexta-feira que ao menos 23 fugitivos haviam sido recapturados.