Forças pró-governo iemenitas, equipadas com blindados proporcionados pela coalizão árabe sob comando saudita, lançaram neste sábado uma ofensiva contra os rebeldes huthis em Zinjibar, capital da província de Abyan (sul), segundo fontes militares.

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O ataque, lançado do norte e sul da cidade, localizada a leste de Áden, acontece depois de dois dias de cerco e de bombardeios da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita contra as posições da 15ª Brigada do Exército, aliada dos rebeldes xiitas huthis, acrescentaram as fontes.

As forças pró-governo recuperaram em meados de julho Áden e, posteriormente, zonas da província de Lahj, ao norte. Na noite deste sábado, o vice-governador da província, Ahmed Muthana, assegurou à AFP que as forças governamentais haviam tomado o controle total de Lahj.

Segundo uma fonte militar, as forças pró-governo conseguiram retomar o prédio da administração civil, a prisão central e o QG das forças da polícia em Huta, capital da província.

Fontes militares anunciaram a morte, na noite desta sexta-feira, de cinco pessoas, entre elas três civis, enquanto outras 66 ficaram feridas, por minas deixadas pelos huthis em Lahj e Áden.

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Em Áden, um avião da companhia Yemenia removia 120 feridos, parte das 1.250 pessoas que precisam de tratamento no exterior, segundo fontes aeroportuárias.

Os Emirados Árabes, membros da coalizão árabe que apoia as forças pró-governo do Iêmen, anunciaram a morte de três de seus soldados no norte do país e no sul da Arábia Saudita, alvo frequente dos rebeldes xiitas.

O presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR), Peter Maurer, chegou hoje à capital iemenita, Sanaa, para avaliar a situação humanitária, considerada “catastrófica”. Ele foi recebido por autoridades huthis, que controlam a capital.

Maurer vai se reunir com dirigentes huthis e representantes do Congresso Geral do Povo (CPG) – do ex-presidente Ali Abdallah Saleh -, aliados dos rebeldes. Também fará visitas em campo para observar o impacto do conflito entre a população civil.

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Desde o começo da guerra no Iêmen, há mais de quatro meses, mais de 4 mil pessoas morreram, metade delas civis, segundo a ONU.

* AFP