Uma das vertentes do surfe que mais tem ganhado adeptos nos últimos tempos, o Stand Up Paddle Surfe, ou simplesmente SUP, também é território aberto para as mulheres. Criada por Angela Bauer e Nicole Pacelli, a Associação Internacional de Stand Up para Mulheres (Wisa, na sigla em inglês) surgiu com o intuito de organizar e integrar as competições femininas no esporte.
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As duas fundadoras da Wisa, por sinal, foram as principais personagens do Circuito Brasileiro de SUP Wave deste ano, do qual Nicole Pacelli, de apenas 21 anos, foi campeã. Bauer ficou com o vice-campeonato.
– A Wisa surgiu com a necessidade de ajudar as meninas a se organizarem para participar dos campeonatos e eventos, organizar passeios, informar o que acontece no meio, introduzir ações ambientais nos eventos, inserir a categoria nos campeonatos existentes e organizar um festival feminino de SUP – conta Bauer.
Pioneira do surfe feminino no Brasil, Angela Bauer começou no longbord em 1999, aos 35 anos. Foi campeã estadual, brasileira e vice no Mundial. Mas a prancha convencional ficou “pequena” demais para a carioca, radicada na Praia da Macumba, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
– Já estava achando meio sem graça o surfe de longboard, e quando competia torcia pelas mais novas para incentivar. Foi quando comecei a reparar no surfe de SUP do Rico de Souza na praia da Macumba e achei muito interessante. Resolvi aprender e me apaixonei – lembra.
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Na ativa aos 48 anos, Bauer ainda tem o mesmo espírito competitivo de quando começou no esporte. Em fevereiro, ela disputa a última etapa do Mundial de SUP, no Havaí.
ENTENDA O STAND UP PADDLE SURF
O SUP é uma variação do surfe, praticado com uma prancha mais larga e grossa que as tradicionais e a ajuda de um remo. Tem ganhado muitos adeptos no Brasil porque é mais acessível que as outras modalides de surfe, já que o SUP pode ser praticado em locais sem ondas, como lagos e até piscinas.