A gasolina vendida no Brasil terá mudanças a partir de 3 de agosto, atendendo às novas especificações definidas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Com as mudanças, o produto deve apresentar melhor qualidade. O preço também será impactado, com possível aumento entre 10 a 15 centavos.
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— Não tem como vender um produto de maior qualidade sem impactar no preço. Ainda não temos exatamente um valor que este impacto terá. Estamos prevendo um aumento entre 10 a 15 centavos por litro. Isso é uma projeção, sem os dados efetivos para termos precisão — afirma Joel Fernandes, vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis (Sindópolis).
Ouça a entrevista:
As novas regras da ANP exigem uma massa específica mínima e maior octanagem da gasolina, que é medida em RON (sigla em inglês para a contagem de octanas). Na primeira fase das mudanças, que entram em vigor em 3 de agosto, o valor mínimo de RON será 92. Em janeiro de 2022, o número é elevado para 93, mais próximo dos 95 vigentes na maior parte da Europa. Para a gasolina premium, o valor mínimo será de 97 já em agosto deste ano.
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— A gasolina que recebemos não é de qualidade muito boa. Anualmente os postos precisam limpar os tanques, por conta dos resíduos. O consumidor dificilmente vai mandar limpar o tanque do carro, o resíduo fica acumulado. Vai haver um rendimento maior por litro de gasolina. Os bicos injetores terão durabilidade maior. O consumidor deve deixar de ter curtos com essa manutenção — projeta Fernandes.
Segundo a Petrobras, a melhora na qualidade da nova gasolina vai permitir redução de 4% a 6% no consumo por quilômetro percorrido. A estatal afirma que a nova especificação da gasolina melhora o desempenho do motor, a dirigibilidade e o tempo de resposta na partida a frio, além de manter aquecimento adequado.