Nova cepa letal da Mpox é identificada na Alemanha

Um novo caso da nova variante da Mpox foi identificado na Alemanha, nesta terça-feira (22), sendo o primeiro caso da cepa Clado 1b no país, a mais letal identificada até o momento. A variante foi identificada pela autoridade de saúde alemã, o Instituto Robert Koch.

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De acordo com o instituto, a contaminação aconteceu fora do país e foi detectada na sexta-feira (18). A situação está sendo monitorada, mas não há um risco maior para o país até o momento.

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Devido ao avanço da doença em países africanos e à identificação da nova sublinhagem, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, decretou que a doença voltou a ser uma emergência internacional de saúde pública em agosto, sendo o status mais alto de alerta do órgão.

Após esse decreto, a Suécia identificou o primeiro caso de Clado 1b em um paciente que esteve na África, onde ocorre um surto do Clado 1.

Mpox: infecção viral

A Mpox é uma doença causada pelo Mpox vírus (MPXV), do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae, muito semelhante à varíola humana. Trata-se de uma doença zoonótica viral, ou seja, que depende do período de incubação em um animal, geralmente roedores.

Atualmente, ela está endêmica em países da África Central e Ocidental. Ela é dividida em duas linhagens principais, o Clado 1 e o Clado 2. Em 2022, ocorreu o primeiro registro da doença fora do continente africano, ocasionando a disseminação global que levou a OMS a decretar emergência.

Na época, a cepa identificadaera a forma mais branda da doença, que tem um índice de letalidade de aproximadamente 1%, a Clado 2. Sua maior transmissão foi associada ao fato de o vírus ter adquirido a capacidade de se disseminar via relações sexuais, numa mutação que recebeu o nome de Clado 2b.

Clado 1b é a forma mais letal da doença

A Clado 1 foi identificada no fim do ano passado. Mas sua nova sublinhagem a Clado 1b, é responsável pelo surto de casos e mortes na República Democrática do Congo (RDC), somente neste ano. Ela pode chegar a uma mortalidade de até 10% e consegue se disseminar via sexual, sendo detectada em novos países.

Atualmente, a RDC registrou sozinha 37,5 mil casos prováveis de Mpox e 1.017 mortes pela doença até o dia 6 de outubro, de acordo com a OMS. Em todo o continente africano foram registrados 44,3 mil casos e 1.030 mortes.

Além da RDC, da Alemanha e da Suécia, a cepa foi confirmada em amostras na Índia, Tailândia, Quênia, Burundi, Ruanda e Uganda.

“Como observamos anteriormente, era apenas uma questão de tempo até que o Clado I da Mpox (…) fosse detectado em outras regiões da OMS, dado o nosso mundo interconectado”, escreveu o diretor regional para Europa da OMS, Hans Klugeem, em publicação no X, após a identificação do caso na Suécia.

*Com informações de O Globo

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