A história envolvendo a duplicação da BR-470 e a liberação do Parque das Itoupavas, em Blumenau, ganhou um novo episódio. Isso porque o governo do Estado propõe a construção de mais uma alça de acesso à rodovia que não estava prevista, inicialmente, pelo governo federal. Ela ligaria o espaço de lazer à via. O projeto deve ser entregue pelo Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em breve, afirma o secretário de Estado de Infraestrutura, Paulo França, sem precisar a data. Segundo ele, a proposta está sendo debatida há pelo menos um ano. O objetivo seria dar mais segurança e agilidade nesse trajeto.
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A dúvida é quanto a nova alça avançaria sobre o parque, que está praticamente pronto. O secretário municipal de Infraestrutura Urbana, Régis Evaloir da Silva, acredita que algumas vagas serão suprimidas, caso a proposta seja tirada do papel, e que o bicicletário precisará ser realocado. Ele aposta no diálogo para resolver o impasse e até espera algum tipo de compensação.
– A prefeitura sabe que parte do projeto pode ser aumentada, digamos assim, para dentro do parque, mas ainda não temos a definição de quanto vai atingir, pois o projeto definitivo ainda não nos foi apresentado pelo Dnit. Precisamos buscar uma solução harmoniosa – defende o secretário.
O superintendente do Dnit em Santa Catarina, Ronaldo Carioni Barbosa, aguarda pelo projeto que virá do Estado para definir o traçado a ser seguido. Ele se diz surpreso com a proposta, já que o cronograma da rodovia está atrasado. As obras na região do Viaduto da Mafisa começaram em março, após liberação de recursos do governo federal. Ainda assim, o superintendente aponta que, com o material em mãos, a ideia é discutir com a prefeitura a viabilidade de execução. Segundo o secretário de Estado de Infraestrutura, só ocorrerá uma definição após consenso entre Dnit, Deinfra e município.
O superintendente do Dnit em Santa Catarina reforçou o discurso do secretário estadual e não descarta, até mesmo, a possibilidade de um debate com a comunidade, nos moldes de audiência pública.
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– Se for de interesse da comunidade, a gente faz. Se não, a gente não faz – afirma Carioni.
Sem data certa para liberação
A obra do Parque das Itoupavas foi contratada em 2015 e era para ser entregue em 2016. O projeto teve que ser readequado e o custo que seria de R$ 2,8 milhões passou para quase R$ 4 milhões, um aumento de 42%. Agora está praticamente tudo pronto, mas o público não pode entrar. É preciso esperar o cronograma do Dnit para decidir quando o local será liberado. A previsão do órgão é finalizar os trabalhos na região da Mafisa até o fim de 2019.
Quando for entregue, o parque vai suprir uma demanda da comunidade da região Norte da cidade, que atualmente não conta com estruturas para lazer. Serão, ao todo, 49,5 mil metros quadrados à disposição dos moradores, um espaço maior que o Ramiro Ruediger, que tem 43 mil metros quadrados. No local os cidadãos contarão com pista de caminhada, ciclovia, quadras de basquete, futsal, vôlei de areia, playground, academia ao ar livre, pista de skate, bosque para piquenique e até cancha de bocha.