Por que tirar notebook para raio-x do aeroporto? Entenda

Quem já viajou de avião levando aparelhos eletrônicos percebeu que existe um procedimento bem específico no raio-x. Além de separar objetos metálicos, é solicitado que notebooks e tablets sejam retirados da bagagem. Em seguida, cada um desses equipamentos é inspecionado separadamente.

Mas você sabe qual o motivo desse procedimento? E quais as regras dele em território nacional? Siga a leitura e conheça tudo sobre a importância do raio-x no procedimento de segurança do aeroporto.

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Como acontece o processo de inspeção por raio-x?

Essa é uma das partes mais importantes da segurança de aviação no país. Tanto que as normas oficiais do procedimento são vindas diretamente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

De acordo com o órgão, todos os passageiros precisam passar pela inspeção. Primeiramente é feita uma varredura física com um Agente de Proteção da Aviação Civil (APAC). Esse passo pode ser feito tanto em público quanto em um lugar mais reservado.

Depois disso é que acontece a inspeção pelo raio-x. A obrigação de retirar aparelhos como notebook da bagagem vale também para voos domésticos desde 2016.

Em seguida, caso a equipe de segurança veja que é necessário, é feita uma inspeção de pertences de mão. Caso isso seja solicitado, o passageiro precisa abrir a bagagem para que os funcionários da ANAC possam observar.

Agora que você conhece as normas oficiais do procedimento, podemos discutir mais a fundo as razões de precisar tirar o notebook das malas.

Por que retirar o notebook?

As pessoas imaginam que a grande razão é a possibilidade de explosão ou aquecimento da bateria. E isso realmente pode acontecer. Entretanto, os componentes do computador trazem outros perigos.

De acordo com o especialista americano David Huegli, em seu estudo sobre o uso de raio-x, em aeroportos com equipamentos mais antigos, os componentes da máquina dificultam o escaneamento do aparelho, dando assim a possibilidade de esconder algum artefato.

Outro ponto a ser destacado é que nos testes se verificou que armas brancas como facas, não eram percebidos apenas pelas máquinas mais antigas. Isso abre muita margem para criminosos que querem atacar passageiros ou até a equipe que trabalha no avião.

Ação pode prevenir crimes no espaço aéreo

Além do que já foi citado, os notebooks maiores dentro da bagagem podem ser utilizados para camuflar objetos até mais perigosos embaixo dele. O raio-x capta apenas a camada do computador, mas não alcança o que está mais no fundo.

Com a simples retirada do aparelho, a visualização de objetos estranhos fica notavelmente mais fácil. Além de inibir previamente quem tem alguma ideia criminosa em mente. Pois qualquer pessoa tem a noção de que se houver algo estranho, tanto a bagagem quanto ela não vão passar.

Certamente, é um procedimento um pouco incômodo e que toma bastante tempo de quem só quer viajar, mas garante segurança e tranquilidade para todos.

Mudanças para o presente e o futuro

Mesmo já sendo um procedimento de praxe em aeroportos nacionais, pesquisas e práticas apontam que mudanças nesse método estão por vir. O próprio professor David Huegli fez em sua pesquisa alguns testes com aparelhos de raio-x mais modernos que captaram desde facas dentro de notebooks até bombas embaixo dos aparelhos.

Contudo, vale ressaltar que o pesquisador trabalhou o tempo inteiro priorizando a interação homem-máquina. Portanto, todo o trabalho desses aparelhos pressupõem um bom treinamento da equipe que está operando e inspecionando.

Tanto que em alguns lugares do mundo esse tipo de prática começou a ser deixada de lado neste ano. O London City Airport, em Londres na Inglaterra, já está permitindo que os passageiros deixem seus eletrônicos dentro da bagagem.

De acordo com o portal de notícias britânico Sky, a nova tecnologia de escaneamento vai projetar imagens em 3D do que está dentro das malas e garantir uma inspeção confiável, rápida e que gera menos incômodo ao passageiro.

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