Em entrevista ao Diário Catarinense, o advogado do vereador de Chapecó, Arestide Fidelis, preso por se envolver em um acidente na quinta-feira afirma que o vereador não teria fugido do local após a batida. Segundo Gilson Thomé Vieira, o parlamentar teria ficado desorientado naquele momento. Agora, Vieira tenta conseguir a liberdade provisória do vereador.
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Nesta sexta-feira, Nathalia Vassoler Nunes, adolescente envolvida na colisão, teve uma melhora considerável. Ela e o pai, que tem com o quadro médico estável, estão internados no Hospital Regional de Chapecó.
Diário Catarinense – O vereador confirma que havia bebido? Qual é a versão dele do ocorrido?
Gilson Thomé Vieira – Essa questão mais pessoal não vamos abordar. Vamos abordar mais a parte profissional e relacionada à liberdade dele.
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DC – Então a defesa não falará sobre o fato em si, se ele bebeu e fugiu do local como a polícia está dizendo?
Vieira – A questão de que estão dizendo que ele fugiu do local, pelo que ele me passou, é que não fugiu. Ele disse que ficou desorientado, foi a uma residência próxima, pediu água e retornou. Essa foi a informação que ele me passou que posso te passar. É a única até então.
DC – E sobre os outros fatos?
Vieira – Prefiro não me manifestar.
DC – A Polícia Civil afirma que ele teve a intenção de matar. Qual é a sua versão sobre isso?
Vieira – Ele foi indiciado no (artigo) 121 (homicídio), mas com dolo eventual de forma tentada. É tentativa de homicídio com dolo eventual. Esse foi o entendimento do doutor Alex Passos, que é a questão da ação penal, mas a gente não vai entrar no mérito agora porque o nosso objetivo inicial é a liberdade provisória dele. Posteriormente, num momento oportuno, a gente vai analisar os autos como um todo e aí sim vamos verificar a linha de defesa, e ver se realmente é cabível a questão da tentativa de homicídio ou não ou se é lesão corporal. Via de regra, todo acidente de trânsito é culposo, e não doloso.
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DC – Insisto nessa pergunta porque a Polícia Civil está dizendo de que ele fez o teste de embriaguez, estava embriagado, se envolveu em um acidente grave…
Vieira – Sobre o teste do bafômetro, que todo mundo veiculou que ele se negou, eu o acompanhei. Ele fez o teste na delegacia. Foi feito pela PM e acusou 0,61 (mg/L). Por si só a taxa que ele apresentou já refuta todas as alegações que de ele estava num estado de embriaguez profunda. Se ele tinha ou não plenas condições de conduzir, não cabe a mim analisar, porque é uma questão mais técnica e eu não teria como te dizer.