“Nós morávamos no morro da antiga maternidade, hoje Lar Elsbeth Koehler, na Rua Cristina Blumenau, 229. Nossa casa ficava no alto, mas ficamos sem água e os mantimentos começaram a acabar. Coletávamos água quando chovia. A lavação, onde se guardava a água em recipientes e as compras, era fechada a chave. Foi feito um esquema de canoa, em que meu marido, Dieter Hüskes e um vizinho, Marlo Germer, iam todo dia até a Cooperativa da Cia Hering comprar mantimentos. Mas como muita gente queria, as quantidades eram administradas por causa do peso na canoa. Eles iam pela Rua Hermann Hering, evitando galhos, cercas e fios de luz. Levava umas três horas para eles irem e voltarem. Quando chovia, eu chamava meus filhos, esquentava água no fogão para banho, pois era inverno e não havia energia elétrica. Eu usava dois litros para molhar o corpo deles e mais dois litros para ensaboá-los e enxaguá-los.”

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