“O mundo não tem sentido sem nosso olhar que lhe atribui forma. O mundo não tem graça se não conseguirmos colocar nosso pensamento. Ainda que protegidos, seremos expostos a fatalidades e imprevistos contra os quais nada nos defende. Ou seja, temos que criar barreiras e ao mesmo tempo fazer pontes com o que nos rodeia e o que ainda nos espera. Na vida, temos todo esse drama de encontro e separação, terror e êxtase. A matéria da nossa existência começa antes de nascermos.
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Cabe lembrar que não somos levados à revelia, somos participantes. Somos no mínimo corresponsáveis pelo que fazemos com a bagagem que nos deram nesse trajeto entre nascer e morrer. Durante a vida, passaremos por perdas e crises, o amor exige paciência, bom humor, tolerância e firmeza em doses sempre incertas. Não há melhor escola do que a própria vida. Entretanto, os cálculos têm resultados imprevistos. A vida nos mostra resultados nunca imaginados. Assim, a infância é o chão sobre o qual caminharemos o resto dos dias. Além disso, lutas podem ser positivas, competição faz crescer.
O que somos na vida. Nascemos com toda carga genética física e psíquica. Mas não somos só isso. Somos em parte o que foram nossos pais, mas não só isso. A sociedade em que vivemos também diz muito a nosso respeito, que nos vigiam e interferem em nossa realidade. Assim, ter filhos é algo de bastante responsabilidade. Não apenas por comida, escola, saúde, mas pela personalidade desses filhos, mais complicado do que garantir uma sobrevivência física saudável.
À frente de cada pessoa estende-se uma longa cadeia de erros e acertos – e também não vender a alma a qualquer preço, por qualquer companhia, mas selecionar os amados eleitos, os amigos leais, os mestres e modelos sensatos. Até mesmo a profissão mais adequada, a que nos dê mais prazer, se é que podemos fazer essa escolha…“
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