Personagens antes do clássico e protagonistas no Orlando Scarpelli. Os camisas 10 de Figueirense e Avaí foram determinantes para o empate em 1 a 1 neste domingo, diante do maior público deste Campeonato Catarinense 2018. Os 13.555 torcedores viram o Jorge Henrique acertar a paulada que abriu o placar. O Alvinegro passou a maior parte do jogo em vantagem também em quantidade de jogadores, com a expulsão de Luanzinho ainda na etapa inicial. O ídolo azurra entrou no segundo tempo para ser vital na igualdade. Nos acréscimos bateu o escanteio fechado que foi desviado pela defensiva alvinegra que terminou na rede e com Dança do Créu, reeditando a celebração do Leão em clássico de 10 anos atrás.
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O resultado faz com que o Figueirense fique distante da Chapecoense, embora ainda invicto e perto da vaga para a finalíssima do Estadual. O Avaí está distante dessa briga, a nove do Verdão e a seis do arquirrival.
Na próxima rodada do Estadual, os dois times jogam no domingo. Às 16h, o Figueirense recebe o Inter de Lages no Orlando Scarpelli. O Avaí vai enfrentar o Concórdia às 18h, no Domingos Lima, no Oeste de Santa Catarina. Antes, as equipes têm compromisso com a terceira fase da Copa do Brasil. Na quarta-feira, às 21h45min, o Figueira precisa vencer o Atlético-MG para avançar. O Leão pode empatar com o Fluminense na Ressacada, às 21h30min de quinta-feira.
LANCES! Veja como foi o jogo no Minuto a Minuto.
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Pressão! Passada a primeira volta do ponteiro, o Figueirense botou uma bola no ferro. Jorge Henrique colocou falta lateral no bolo dentro da área, André Luís desviou de cabeça e Aranha viu ela parar no travessão. O time da casa levou perigo nove minutos depois. A redonda passou duas vezes pelo goleiro do Avaí, mas Romulo e Betão estavam na frente da linha e evitaram. Ainda na blitz alvinegra, André Luís subiu com Betão e tocou de cabeça a bola que encontrou a rede. Em seu primeiro clássico da Capital na carreira, o árbitro Ramon Abatti Abel invalidou o lance, apontou que o centroavante fez falta no capital do Leão. No entanto, era um jogo equilibrado. O Leão manteve a proposta, esperando encaixar o contragolpe puxado por Maurinho, muito acionado pela direita.
Foi então que a partida mudou totalmente em menos de cinco minutos. Aos 21, Jorge Henrique recebeu a bola na frente da área e mandou um foguete quente que nem se lançasse teias Aranha conseguiria impedir que fosse na rede. Golaço. Pouco depois, o meia-atacante Luanzinho, do Avaí, foi expulso. Prensado entre Diego Renan e Betinho, o jogador azurra bateu os braços no volante do Figueira, que foi o chão. O árbitro expulsou Luanzinho e foi iniciada confusão e empurra-empurra, com reservas em campo, que deixou o jogo paralisado por sete minutos e terminou com os dois treinadores, Claudinei Oliveira e Milton Cruz, excluídos da partida.
O Avaí se reorganizou com Romulo e Maurinho pelos lados, ajudando na recomposição defensiva, e André Moritz avançado para armar ou ser o centroavante. O Figueira continava ditando a ações e ainda iria levar perigo antes do intervalo. Aos 44, Jorge Henrique fez da disputa de cabeça o passe para André Luís dentro da área. O centroavante se esticou para desviar de Aranha e a redonda passou bem perto do poste. Os visitantes do Scarpelli mantiveram a proposta, enquanto o Figueirense voltou com Samuel Santos na vaga de Betinho, receoso de expulsão pelo segundo amarelo. Diego Renan formou dupla de contenção com Zé Antônio assim que a bola voltou a rolar.
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O Figueirense do segundo tempo não tinha o mesmo ímpeto do primeiro, confortável com a vantagem. O adversário se contentava com chegadas esporádicas. Em uma delas, quase empatou. Aos 13, a defesa bateu cabeça e a bola sobrou para Romulo. Ele bateu forte e só não deixou tudo igual porque Cleberson apareceu na trajetória da bola. O lance permitiu deu ânimo ao Leão, que voltou a ser competitivo em meio aos erros de passe do arquirrival. Com um a menos, em jogadores e no placar, o Leão tinha que ser certeiro. E Alemão não foi aos 21. Errou o recuo que Ferrareis tomou e bateu cruzado. A redonda passou na frente do gol.
Então Marquinhos entrou em campo quatro minutos depois, para ser a referência, fosse no ataque, na postura do time no que havia por jogar e na bola parada, como o principal cobrador. A maioria dos 13,5 mil cantavam alto enquanto o Leão insistia em busca do empate, como foi no jogo do turno, agressivo quando atrás no marcador. O Figueira se trancou com a entrada do volante Abuda na vaga do meia-atacante Jorge Henrique, com 15 minutos de partida a ser disputada. O jogo tinha só um camisa 10 em campo, e ele seria vital. Passou a maior parte do tempo encaixotado entre os zagueiros. Mas o que ele queria era a falta ou o escanteio. E assim foi nos acréscimos. Da esquina botou a redonda fechada que Zé Antônio desviou e acabou nas próprias redes. M10 comemorou o empate da mesma forma que a vitória de dois anos atrás no mesmo Scarpelli, quanto com balançou os dois braços e a torcida gritava “créu” a cada movimento.
FICHA TÉCNICA
FIGUEIRENSE – 1
Denis; Diego Renan, Nogueira, Cleberson e Lazaroni; Zé Antônio, Betinho (Samuel Santos), Ferrareis, Jorge Henrique (Abuda) e Felipe Amorim (Renan Mota); André Luis. Técnico: Milton Cruz.
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AVAÍ – 1
Aranha; Guga, Alemão, Betão e João Paulo; Judson, Luan (Menezes) e André Moritz (Marquinhos); Luanzinho, Romulo e Maurinho (Martinuccio). Técnico: Claudinei Oliveira.
GOLS: Jorge Henrique, aos 21 do primeiro tempo (F). Zê Antônio (contra), aos 46 do segundo tempo (A).
CARTÕES AMARELOS: André Luís, Betinho, Nogueira, Renan Mota e Zé Antônio (F). André Moritz, Guga e Luan (A).
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EXPULSÃO: Luanzinho (A).
ARBITRAGEM: Ramon Abatti Abel, auxiliado por Kleber Lúcio Gil e Alex dos Santos.
BORDERÔ: 13.555 torcedores, para uma renda de R$ 403.010,00.
LOCAL: Orlando Scarpelli, em Florianópolis.
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