A Missão da ONU no Mali (Minusma) decretará a partir de terça-feira uma “zona de segurança” ao redor da cidade de Kidal (norte), em razão dos combates entre um grupo armado pró-governamental e a rebelião de predominância tuaregue, que provocou várias mortes nesta segunda-feira.

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Este foi o terceiro dia de violência entre a Coordenadora de Movimentos do Azawad (CMA, rebelião) e o grupo armado de autodefesa tuaregue Imghad e aliados (Gatia, pró-Bamako) nos arredores de Kidal, reduto da CMA.

Os enfrentamentos aconteceram em Anefis, cerca de 120 km a sudoeste de Kidal, e provocaram “pelo menos dez mortos e numerosos feridos”, segundo uma força de segurança no interior da Minusma.

Um responsável do Gatia, Fahad Ag Almahmud, assegurou que seu movimento matou “15 pessoas, incluídos chefes militares, e acrescentando a tomada de Anefis” no campo adversário. A CMA confirmou os combates, sem dar o balanço.

Em comunicado, “a Minusma reitera sua firme condenação desses enfrentamentos armados entre os grupos desde 15 de agosto passado, incluindo a tomada hoje (segunda-feira) de Anefis por elementos da plataforma pró-Bamako, entre os quais, Gatia.

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“Para frear qualquer eventualidade de uma extensão dos combates que poderão afetar a população”, a Minusma anunciou em comunicado uma série de medidas, “entre as quais estabelecer uma zona de segurança de 20 quilômetros ao redor da cidade de Kidal, que entrará em vigor a partir de amanhã, 18 de agosto às 08H00 (horário local, 05h00 de Brasília) e continuará até segunda ordem”, afirmou.

* AFP