As chuvas que castigam o Norte e Planalto Norte catarinense há cerca de duas semanas continuam causando estragos na região. A cidade em situação mais crítica é Três Barras, que contabiliza mais de 4,3 mil desalojados. O número aumentou em 202% em três dias. Em seguida vem Mafra, onde 720 pessoas precisaram deixas suas casas por causa das inundações. Conforme último boletim da Defesa Civil, o alerta segue para a região, já que a previsão indica mais chuva para segunda e terça-feira (17).

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Dos mais de 4,3 mil desalojados em Três Barras, 1.371 estão em abrigos montados pela prefeitura. Os demais foram acolhidos por familiares ou amigos. No município, as cheias estão sendo causadas pelos três rios que banham a cidade: Canoinhas, Negro e Barra Grande. Conforme a Defesa Civil, ambos estão com nível acima de 8 metros.

O bairro mais atingido e com áreas mais alagadas é o Distrito de São Cristóvão, seguido de Zilda Pacheco, Argentina e no Jardim Rio Negro, que faz divisa com o município de São Mateus do Sul, no Paraná. Partes baixas da região central e do bairro João Paulo II também apresentam pontos de inundações.

Os acessos a Canoinhas, pela Avenida Abrahão Mussi e Rua Jose Nunes Cavalheiro, (que liga os distritos de São Cristóvão e Marcílio Dias) permanecem interditados devido ao grande volume de água sobre a pista. A ligação à PR-151, na localidade da Divisa, em São Mateus do Sul, também continua bloqueada pelo acúmulo de água em pontos da Rua Pedro Flores e demais vias do Jardim Rio Negro.

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Ainda em Três Barras, oito escolas do município seguem com aulas suspensas por tempo indeterminado. São elas: Guita Federmann, João Pacheco de Miranda Lima (Caic), Cyriaco Felício de Souza; e CMEIs Pedro Reitz e Vera Lúcia Karvat Dumas, todas que servem de abrigo para os afetados pelas cheias; e ainda nos CMEIs Prefeito Odilon Pazda e Zilda Pacheco, e na Extensão João Pacheco de Miranda Lima, que estão em áreas alagadas.

Mafra tem desalojados e diversos pontos de alagamento

Em Mafra, 720 pessoas continuam desalojadas. Dessas, 261 pessoas estão em abrigos do município e os demais em casas de parentes e amigos. Conforme a última atualização da Defesa Civil, o nível do rio Negro, que banha a cidade, ultrapassava os 10 metros.

FOTOS: Mafra continua embaixo d’água mesmo após dois dias sem chuva e tem 530 desalojados

Com relação aos alagamentos, as áreas mais afetadas são a Praça Miguel Bielecki, Vila Solidariedade, a Vila Ferroviária, a Vila Ivete e Buenos Aires. Além disso, há pontos de cheias pontuais em áreas rurais, como Campo da Lança, Maurício Caillet, Bituvinha, Rio Preto, Rio Branco destino Butiá dos Carvalhos, Butiá do Lajeado sentido Pedra Fina, Bela Vista sentido Pedra Fina.

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A ponte sobre o rio da Lança, na Rua São João Maria, continua interditada e aguarda laudo da Defesa Civil. Da mesma forma, a ponte nas proximidades do Supermercado MIG da Vila Ivete está interditada, na rua Annies Gualberto, na Vila Buenos Aires, ponte sobre o rio Bandeira na Rua São João e ponte sobre o rio Bandeira na Rua Independência.

Quanto às rodovias, na BR-116, há pontos de erosão próximo à pista onde estão sendo sinalizados e uma queda de barreira apenas no acostamento, devidamente sinalizada com equipe da Arteris no local. Na BR-280, há uma interdição parcial no km 103, em São Bento do Sul, com passagem de veículos de forma lenta.

Situação em outras cidades da região

Em Rio Negrinho, há ruas alagadas e algumas delas estão parcialmente interditadas. Há, no momento, 30 pessoas desalojadas na cidade. O nível do Rio Negro, o principal da região, está em 10,72 metros. 

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Em Campo Alegre também há ruas alagadas e os desabrigados chegam a 18.

As cidades de Balneário Barra do Sul e Itapoá registraram erosões costeiras nas areias das praias. Jaraguá do Sul teve um deslizamento de terra no bairro Tifa Martins e quedas de árvores. 

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