Norovírus: o que é o causador de epidemia em Florianópolis e como se prevenir

Uma investigação sobre a epidemia de diarreia que atinge Florianópolis identificou que o agente causador do quadro clínico é um norovírus, segundo divulgou a prefeitura nesta sexta-feira (20), a partir de resultados preliminares. Mas, afinal, do que se trata esse microrganismo e como evitá-lo?

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O norovírus é um tipo de vírus que é transmitido pela rota fecal-oral — ou seja, principalmente, a partir do consumo de alimentos e água contaminados. Ele é entendido pela comunidade científica atualmente como o principal causador de surtos de doenças diarreicas agudas, um quadro clínico que envolve, em geral, diarreia, dor abdominal, vômito, mal-estar e desidratação por até cinco dias.

A recorrência de surtos provocados por ele se deve à facilidade de transmissão do vírus. O norovírus é muito resistente as condições do ambiente e permanece infeccioso por um longo período mesmo sobre superfícies, conforme descreve um estudo da Fiocruz de 2020, do pesquisador Alberto Ignacio Olivares.

Além da ingestão de produtos contaminados, o contato com pessoas doentes, que produzem aerossóis com partículas virais a partir do vômito, ou mesmo com as fezes e objetos do paciente, no caso de ambientes com condições sanitárias inadequadas, também é capaz de transmitir o norovírus. Ainda segundo a pesquisa da Fiocruz, 30% das pessoas infectadas transmitem a doença mesmo assintomáticas e os pacientes que se recuperam dela seguem eliminando o agente transmissor por até três semanas.

O Ministério da Saúde indica que a prevenção para o norovírus envolve práticas de higiene pessoal e coletiva, como lavar as mãos com frequência, e o manejo adequado do que for consumido. É importante ainda afastar o paciente de locais confinados, como escolas e do trabalho, e do preparo dos alimentos.

Por se tratar de uma doença de transmissão hídrica e alimentar (DTHA), o investimento público para a melhoria da infraestrutura dos serviços de saneamento básico também é fundamental para conter eventuais novos surtos do norovírus, segundo aponta a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS).

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