Escolhido por Donald Trump para ocupar o cargo de representante comercial norte-americano, o advogado Robert Lighthizer defendeu nos anos 1980 os interesses da indústria brasileira de açúcar e álcool nos EUA. Como a legislação proíbe que a função seja ocupada por alguém que tenha atuado como lobista de governos estrangeiros, ele precisará de um “perdão” do Congresso para tomar posse.

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Além do Brasil, Lighthizer também defendeu a China em uma disputa comercial com os Estados Unidos. Apesar disso, é um crítico de Pequim e acredita que as atuais regras da Organização Mundial do Comércio são insuficientes para prevenir ou punir práticas comerciais do país asiático que considera desleais.

“Em um nível puramente intelectual, como a permissão para que a China manipule constantemente o comércio a seu favor promove o objetivo conservador de fazer com que os mercados sejam mais eficientes?”, escreveu em artigo publicado em 2010 sob o título “Donald Trump não é um liberal em comércio”.

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Considerado um protecionista, Lighthizer foi contratado em 1985 para representar o extinto Instituto do Açúcar e do Álcool em uma disputa comercial com os EUA. Na época, produtores americanos de etanol à base de milho pediram a abertura de investigação da prática de dumping pelo Brasil e de eventuais concessões de subsídios à produção de etanol de cana-de-açúcar pelo governo brasileiro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.