Ao longo da campanha, o discurso do prefeito Udo Döhler (PMDB) era de formar uma equipe técnica. Indicações partidárias não fariam parte do processo de escolha dos futuros membros do primeiro escalão do governo peemedebista.
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Mas, concluído o processo de nomeação do secretariado, o retrato dos principais nomes de seu governo ficou diferente da promessa. Dos 31 nomes que compõem o time titular do prefeito, 19 possuem vinculações partidárias. Do outro lado, 12 não estão filiados a nenhuma sigla.
O número é ainda maior caso sejam somadas as indicações de vereadores para o secretariado.
Se no começo do governo Udo as nomeações davam prioridade aos critérios técnicos, a situação foi mudando nos meses seguintes com o processo de formação das subprefeituras, concluído no início de maio.
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Pressionado pelos partidos aliados que reclamavam da baixa participação no governo, Udo se viu obrigado a distribuir as oito posições entre a base. Duas vagas ficaram com o PMDB, outras duas vieram de sugestões dos vereadores Cláudio Aragão e Maurício Soares, enquanto as outras quatro posições partiram de indicações de PSC, PP, PSD (neste caso, para uma candidata a vereadora pelo PDT) e PPS.
Diante do percentual de 63,1% de secretários com filiação partidária, o prefeito Udo Döhler (PMDB) defende que as nomeações levaram em conta primeiro o aspecto técnico, e que o fato de os nomes serem ligados a algum partido seria uma coincidência que não exclui a competência do escolhido.
– Desde o começo do governo, defendemos que o secretariado seja eminentemente técnico. E foi o que fizemos. Temos nomeados que possuem partido, mas isso não influiu em nada durante a escolha -, justifica.
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Um dos casos citados pelo prefeito para exemplificar que as nomeações não tiveram aspecto político é o caso de Romualdo França, secretário de Infraestrutura. Ex-secretário de Desenvolvimento Regional de Joinville, Romualdo passou boa parte do governo Luiz Henrique da Silveira à frente do Departamento de Infraestrutura de Santa Catarina (Deinfra). Além disso, possui mestrado em engenharia civil e conclui doutorado em administração e turismo.
Udo também justifica assim a escolha de Armando Dias Pereira para a Secretaria da Saúde; Rosane Bonessi para a Secretaria de Gestão de Pessoas; e de Tânia Eberhardt para a Secretaria de Assistência Social.
– Esses nomes eram os mais preparados para os cargos, a indicação partidária não é considerada nesses pontos. Todas as nossas nomeações obedeceram ao mesmo critério -, alega o prefeito.
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