A concessão do Prêmio Nobel da Paz à União Europeia, anunciada nesta sexta-feira, foi mal recebida pelos críticas do bloco, chamados de “eurocéticos”. As críticas se referem especialmente ao papel na solução dos problemas econômicos e na atuação dos emissários europeus em crises internacionais, como os conflitos internos na Líbia e na Síria e na guerra do Iraque.
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O presidente do Parlamento europeu, o alemão Martin Schulz, disse nesta sexta-feira que algumas situações de pobreza na União Europeia não eram dignas do prêmio, e pediu que os líderes europeus promovam a integração do bloco. Representante de um dos países da União Europeia, o presidente da República Checa, Vaclav Klaus, chegou a dizer que era uma brincadeira de mau gosto.
“A atual União Europeia é uma comunidade quase ilegítima e onde a democracia e a liberdade se escondem em um canto” escreveu, em comunicado.
O vice-presidente do Parlamento da Noruega, Akhtar Chaudhry, disse que o comitê do Nobel mostrou que está fora do controle dos noruegueses. O país concede o prêmio e recusou duas vezes a entrada no bloco europeu.
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– O povo norueguês rejeitou a União Europeia como conceito, mas nós ainda os recompensamos com o Prêmio Nobel da Paz.