Você arriscaria a sua vida por conta de 140 passos? Todo mundo diria não, mas na prática, há quem responda sim sem se dar conta. Menos de um minuto de caminhada tranquila separaram a passagem perigosa e improvisada na esquina das ruas Presidente John Kennedy e Sete de Setembro do túnel e de uma faixa para pedestres.

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Nesta segunda-feira, primeiro dia útil após a morte de um motociclista que acabou atropelando uma pedestre que atravessou no local irregular, muita gente continuava colocando a própria vida e de outras pessoas em risco. Mas não é a maioria.

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A reportagem ficou na região nesta manhã entre 10h e 11h. Quinze minutos em cada lugar contando o número de pedestres foi suficiente para perceber que a prudência é maioria. No túnel, 40 pessoas usaram a estrutura durante o quarto de hora. No tempo equivalente, outras 45 usaram a faixa de pedestres na esquina com a Rua Namy Deeke, enquanto 13 pedestres se arriscaram cruzando a Rua Sete entre carros e motos. As justificativas pela opção perigosa variam. Para uma pedestre de 61 anos que preferiu não se identificar, no túnel há risco de assaltos e a faixa de pedestres está fora de mão:

– O certo seria fazer uma passarela entre a rua do Teatro Carlos Gomes e o shopping. Depois que fizerem, podem cobrar dos pedestres. É uma irresponsabilidade da prefeitura – pontua a senhora, que foi alvo de uma buzinada ao passar próximo de um motociclista.

Apressada, uma jovem cruza as quatro pistas movimentadas da Rua Sete Setembro. Ela espera, já na rua, um carro passar e conclui a travessia passando entre duas motos. Ao chegar na calçada, explica:

– Não costumo passar nessa região, então não sabia da faixa e do túnel. Deveriam colocar placas alertando.

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