A presidente Dilma Rousseff visitou, no início da tarde desta sexta-feira, as obras da Ferrovia Transnordestina no trecho de Paulistana, no Piauí, a 460 quilômetros da capital Teresina. Num rápido momento em que esteve próxima da imprensa, Dilma ouviu perguntas sobre mudanças no governo para conter a crise política.

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– Eu acredito que a reforma vai dar certo – limitou-se a dizer.

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Em cima de trilhos, ela fez planos para inaugurar a ferrovia.

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– Quero voltar em 2016 ao Piauí para inaugurar a Transnordestina – afirmou.

O Palácio do Planalto e o consórcio construtor da obra se esforçaram para garantir boas imagens da presidente no canteiro sob sol escaldante em pleno sertão.

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A conclusão da Transnordestina, lançada pelo governo em 2006, estava prevista para 2010, ainda no Governo Lula, segundo os planos iniciais. Com cinco anos, até agora, de atraso, a obra será concluída somente em 2018, na estimativa do ex-ministro Ciro Gomes, atual presidente do consórcio que administra o projeto. Cerca de 52% da ferrovia, que liga Eliseu Martins (PI) aos portos de Pecém (CE) e de Suape (PE), está finalizada.

O atraso nas obras ocorreu por desentendimentos entre governo e construtoras. A empreiteira Odebrecht, um dos alvos da Operação Lava-Jato, participava do consórcio, mas se retirou. Inicialmente, a obra estava orçada em R$ 4,5 bilhões. O valor atual estimado, no entanto, passou para R$ 11,2 bilhões.

*Estadão Conteúdo