O presidente da Associação dos Usuários das Rodovias de Santa Catarina (Auresc), Alisson Luiz Micoski, fez fortes críticas ao aumento de 44,44% na tarifa de pedágio do trecho catarinense da BR-101, entre Palhoça e Garuva:
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– Em tempo de pandemia, esse aumento é uma vilania – afirmou, em entrevista ao Estúdio CBN Diário desta quinta-feira (6).
Ouça a entrevista:
Aprovado pela Associação Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), o reajuste iria vigorar a partir deste sábado. No entanto, foi suspenso em liminar pelo Tribunal de Contas da União. O Procon de Santa Catarina também notificou a concessionária, a Arteris Litoral Sul, para que ela retroceda neste aumento dentro de um prazo de 48 horas. O motivo alegado é o mesmo: a crise econômica gerada pela pandemia de coronavírus.

– Está todo mundo preocupado com o comércio, os empregos, o setor de transporte de cargas. A economia está estagnada. É o melhor momento mesmo? A ANTT realmente analisou esse contrato como deveria? – questiona Micoski.
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O reajuste foi aprovado para permitir a conclusão do Contorno Viário da Grande Florianópolis, que pelo contrato oroginal deveria ter sido entregue em 2012. O aumento permitiria à concessionária pagar os gastos adicionais decorrentes da mudança do traçado, como a construção de três túneis duplos que foi provocada pela implantação de um loteamento no trajeto onde passaria uma parte da estrada. A Arteris Litoral Sul disse que é preciso restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro para investir R$ 1 bilhão na obra.
– Os transportadores de cargas passam lá todo dia, e a obra está a passos de tartaruga – critica Micoski