Jael, o Cruel, mandou o primeiro recado para a torcida joinvilense: ela será recompensada por todo esforço que a diretoria do Tricolor e ele fizeram para que o São Caetano aceitasse liberá-lo. E, quando ele fala em esforço, o camisa 9 realmente quer dizer isso, já que não foi fácil convencer o Azulão a aceitar o empréstimo até o fim de 2014.
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– Eu me esforcei muito para ir para o Joinville. Apelei, me humilhei. Pedi por favor para me liberar. Acho que é um esforço muito grande que estou fazendo e tenho certeza que a torcida vai ser recompensada da melhor maneira possível – falou Jael, em entrevista exclusiva para a reportagem de “AN”.
Jogador com passagens por grande clubes do futebol brasileiro, como Atlético-MG, Cruzeiro, Bahia e Flamengo, o Cruel estava apagado no São Caetano. Em 2013, ele acertou um contrato por três anos com a equipe do ABC Paulista, mas não rendeu tanto quanto o esperado e acabou ficando desmotivado. Em Santa Catarina, ele espera reencontrar a alegria de jogar futebol.
– Eu estava sentindo falta da pressão. Eu preciso disso para desempenhar um bom futebol. Eu sei suportar a pressão. Comentei com um funcionário do São Caetano: faz dez meses que não dou um autógrafo. Eu disse, brincando, que não me sinto mais um atleta aqui – destacou.
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Jael ficará emprestado para o Joinville até o fim da Série B. Caso o jogador seja vendido pelo São Caetano neste período, o JEC tem direito a 20% do valor da negociação. O jogador deve ser apresentado nesta sexta-feira pelo clube.
ENTREVISTA
AN – Como está a sua expectativa para jogar no Joinville?
Jael – A expectativa é muito grande, até porque o Joinville é uma equipe com uma estrutura muito boa. A cidade também tem uma qualidade de vida muito boa.
AN – O Bruno Aguiar, seu ex-companheiro no São Caetano, te passou informações?
Jael – Ele falou comigo. Fiquei meia hora falando com ele, mas também falei com outras pessoas. Eu já conhecia Joinville por jogar aí. A vontade é grande de chegar e conseguir fazer um bom trabalho.
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AN – O Joinville joga no sábado contra o Juventus. Se o treinador quiser, você está pronto para atuar?
Jael – Eu conversei com o presidente e falei que não estou em 100% da minha forma física. Estou em 70%. Mas, se precisar, eu estou pronto. Se precisar, vou para o jogo, vou para o banco. No que eu puder ajudar, eu vou ajudar.
AN – A torcida tem uma expectativa muito grande por um camisa 9 que chegue e resolva. Como você lida com isso?
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Jael – Eu até comentei isso por aqui com o pessoal. Eu estou sentindo falta disso, falta da pressão. Eu preciso disso para desempenhar um bom futebol. Onde fui artilheiros, nos clubes em que sou reconhecido, sempre lidei com isso. Essa pressão me faz bem. Eu comentei com um funcionário do São Caetano que queria sair e ele perguntou por quê. Tem dez meses que não dou autógrafo. Eu disse, na brincadeira, que não me sinto mais atleta aqui. Eu tive uma passagem boa no ano passado, mas, infelizmente, tive uma lesão que me tirou da reta final da Série B. Mas hoje estou recuperado.
AN – Pesou na sua decisão o fato de o JEC sempre chegar perto do acesso para a Série A e o São Caetano ter sido rebaixado?
Jael – Foi de tudo um pouco. Acho que da minha parte, de estar fazendo um sacrifício enorme. O São Caetano estava irredutível em me liberar. Ele recebeu vários propostas por mim no fim do ano passado e no começo deste ano. Eu pedi por favor para o presidente. Foi um pedido pessoal. Tentei dar o meu melhor para o São Caetano. Se não fui aquele Jael que queriam, pelo menos eu tentei ser o cara que fez o melhor para o São Caetano. Agora, espero que possa chegar no Joinville e fazer o meu melhor.
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AN – O que diria agora para o torcedor do Joinville se pudesse mandar um recado para ele?
Jael – Só tenho a agradecer. Primeiramente, ao presidente Nereu Martinelli. Tive uma conversa de meia hora e falamos de muitas coisas. Nas palavras dele, senti a sinceridade. Eu me esforcei muito para ir para o Joinville. Pedi por favor para me liberarem. Acho que é um esforço muito grande que estou fazendo e tenho certeza de que a torcida vai ser recompensada. Mas não pode esperar aquele Jael, que vai fazer dez gols no primeiro jogo. Vou dar o meu melhor e as coisas vão acontecer naturalmente. Estou sento contratado para fazer gols. Espero que possa chegar e agradar a todos.