Com gritos de “não vai ter golpe”, petistas se concentraram em frente ao Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, em São Paulo na tarde de domingo. Em um ato qualificado como “em defesa da democracia”, lideranças do partido debateram o tema diante de um público estimado pela organização em 5 mil pessoas.

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Inês Granada Pedro, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Conselhos de Fiscalização, diz que participa do evento por temer a desestabilização da democracia no país:

– A gente não está aqui para defender esse ou aquele político, embora, de modo geral, a gente defenda o Estado de Direito que as urnas consagraram. Isso é uma coisa que não pode mudar. Queremos também muitas mudanças, mas isso não implica que aqueles que estão insatisfeitos com o resultado das urnas queiram, agora, pela força, fazer uma mudança que não seja legal.

Para Aroaldo Oliveira da Silva, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o principal objetivo não é fazer contraponto às manifestações que pedem a saída do governo Dilma Rousseff.

– Aqui, o movimento é em defesa da democracia, para reafirmar que uma parte da sociedade está na rua também, mas defendendo a democracia – afirmou.

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O militante do Partido dos Trabalhadores Lindon Jhonson Barros de Araújo, 46 anos, taxista, levou os três filhos ao protesto. Segundo ele, a intenção é fazê-los “entender o que se passa pelo Brasil hoje”.

– Se todos que estão ali são contra a corrupção, por que eles são contra o governo Dilma? Hoje, estão sendo presas as pessoas que sufocavam o Brasil, que são as grandes empreiteiras – disse.

Segundo Adi dos Santos Lima, presidente da Central Única dos Trabalhadores no estado de São Paulo, os manifestantes querem mostrar a reprovação ao atentado do último dia 30, quando uma bomba caseira foi lançada no prédio do Instituto Lula. De segunda-feira, dia 10, até o sábado 15, petistas ficaram acampados em frente ao instituto.

– Queremos deixar um recado muito claro para essa gente, que não aceita a democracia no país como um regime. Não vamos abrir mão da liberdade de ir e vir, da liberdade de expressão. O atentado ao instituto foi um atentado à democracia – disse Adi.

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O ato incluiu atividades culturais, a apresentação da escola de samba Colorados do Brás, músicas, debates e comidas típicas. Participam representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, da CUT, do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo, Sindicato dos Trabalhadores na Administração e Autarquias do Município de São Paulo, Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Químicos e de movimentos sociais.

* Agência Brasil

Veja como foram as manifestações em outros Estados: