Com 123 jogos e sete gols marcados, a passagem de Alemão pelo Avaí está encerrada. Para o zagueiro e lateral, foi o fechamento apenas da primeira com a camisa azul e branca. O jogador de 27 anos embarcou neste domingo para a Arábia Saudita, vai defender o Al-Hazem. Antes de iniciar o trajeto para outro continente, lembrou do pouco mais de dois anos pelo Leão e que espera voltar a vestir o uniforme azurra no futuro.

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– Foram dois anos e pouco em clube em que fui bem recebido por todos. Tive um pouco de desconfiança da torcida no começo, mas depois conquistei meu espaço. Sempre trabalhei muito para conquistar coisas na minha vida. Espero que não seja um adeus, mas um até breve. É clube que me identifico muito, o que mais tenho admiração entre os que joguei. Vou para novo desafio e o Avaí ganhou um novo torcedor, do clube e dos meus companheiros. Torço para que conquistem o acesso e voltem à Série A — disse o jogador que pôde efetivamente atuar na elite nacional com a camisa azurra no ano passado.

Alemão pode ser considerado um dos símbolos da fase atual do Avaí. Chegou à Ressacada depois do Catarinense de 2016 pelo Brusque, era reforço para o clube que tinha severas limitações e precisava ganhar credibilidade junto ao próprio torcedor, já no começo da gestão de Francisco Battistotti. De lateral-direito, se firmou como zagueiro na Série B daquele ano, com o esforço coroado com o acesso à primeira divisão do Brasil.

Mais que o futebol, o jogador nascido em Santo Ângelo (RS), que chegou a disputar a Série C do Estadual pelo Inter de Lages, conquistou seu espaço – no time e no coração da torcida – por seu esforço. Tanto que há torcedores que lembram dele em ação com a touca de natação utilizada para isolar algum corte na cabeça por causa de lance de jogo.

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— No vestiário, eu brincava antes do jogo, e pediam para não falar isso: “Sou ruim de bola, mas vou me esforçar e vocês na frente têm qualidade” (risos). Cada um contribui de uma maneira. Acho que assim se faz um grupo. O que podiam esperar de mim era dedicação, raça e força de vontade. Em campo dei meu melhor, apesar das limitações. Batalhei e tentei jogar sempre. Já joguei até tomando injeção, não gostava de ficar de fora, de ser poupado. Alguma touca eu usei também (risos). Espero que seja um até breve — reafirmou, em entrevista ao repórter Janniter de Cordes, da rádio CBN Diário, instantes antes do embarque.

De longe, resta a Alemão torcer pelo Avaí na luta pelo retorno imediato à elite. O Leão vai enfrentar a Ponte Preta às 19h de sábado, em duelo pela última rodada do primeiro turno da Série B do Campeonato Brasileiro.

Veja a tabela da Série B do Brasileiro

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