Desde as antigas imagens registradas por Bernardo Scheidemantel, lá em 1864, passando pelas fotografias feitas pelos moradores de Blumenau e publicadas na página do Facebook Antigamente em Blumenau ao Foto Clube de Santa Catarina, a fotografia – que hoje é celebrada mundialmente – também conta e preserva a história do Vale.
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De acordo com a diretora de Patrimônio Histórico-Museológico, Sueli Petri, no Arquivo Histórico José Ferreira da Silva, há mais de 100 mil fotos no acervo iconográfico. As imagens são doadas por antigos fotógrafos e pela comunidade em geral. Entre elas, estão fotos feitas por Bernardo Scheidemantel, que deu início à história da fotografia em Blumenau, no Século 19. Para dinamizar as atividades profissionais, em 1876, ele instalou uma litografia- técnica de gravura que envolve a criação de marcas -, a primeira da região.
Outro fotógrafo e admirador da arte de registrar imagens foi o alemão Willy Sievert. Em 2011, o arquiteto blumenauense Sávio Abi-Zaid, neto de Sievert, descobriu cerca de 3 mil negativos fotográficos das décadas de 1940 e 1950 e mais de 200 filmes, que abrangem o período de 1950 até 1980, produzidos pelo comerciante blumenauense, que morreu em 1998.
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Quem também lembra a história e as origens de Blumenau através das fotografias são os integrantes do grupo Antigamente em Blumenau, do Facebook, hoje com mais de 8 mil integrantes. Eles já fizeram diversas exposições com as imagens postadas no mundo virtual. Agora, as 96 fotos históricas de Blumenau estão em exposição no Shopping Park Europeu.
Gerações que fotografam
O Foto Clube de Santa Catarina (FCSC) surgiu há 48 anos no Vale do Itajaí com a união de cinco admiradores da arte de fotografar: Mario Holetz, Sidney Luis Saut, Miriam Kretzschmar Saut, Kaete Holetz e Ivo Rauh. Hoje, com sede em Blumenau, reúne mais de 20 fotógrafos de diferentes idades, profissionais e amadores, homens e mulheres, em encontros mensais. O fotoclube é aberto e quem quiser fazer parte do grupo pode entrar no blog fotoclubesc.wordpress.com.
– No grupo, há pessoas de quase 80 anos até adolescentes. Temos diferentes perfis e tentamos manter contato, trocar experiências e, sempre que possível, sair para fotografar juntos – ressalta Charles Steuck, membro do FCSC e coordenador pedagógico do projeto Fotografia Para Todos, que se tornou Ponto de Cultura.
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Desde 2010, quando a entidade foi beneficiada pelo convênio com o Ministério da Cultura e Fundação Catarinense de Cultura, o projeto oferece ações gratuitas para divulgar a fotografia, formar olhares críticos e estimular a produção profissional e artística.