No Dia do Professor, Guga dá espaço ao mestre Larri para falar de amor ao tênis

Técnico, treinador, melhor amigo, segundo pai. Você provavelmente já viu o tenista Gustavo Kuerten se referir assim ao gaúcho Larri Passos, 56 anos. Mas ontem, 15 de outubro, Dia do Professor, o tricampeão de Roland Garros encontrou uma nova definição para o parceiro de tantas conquistas: “professor da vida”.

Coincidentemente à data dedicada aos mestres, Guga “emprestou” Larri para dezenas de jogadores que disputam a Copa Guga Kuerten e participaram das clínicas ministradas pelo técnico. Sempre que não está em viagem acompanhando novos pupilos, o treinador comparece ao torneio para contribuir com o futuro do esporte.

– Ele é o meu professor da vida. A presença dele sempre traz um brilho especial. Este ano houve a casualidade da lesão da Bia Haddad (número 3 do Brasil e 286 do ranking mundial), e ele pôde estar aqui. Eu fico feliz porque posso compartilhar com eles nessas clínicas a vivência que tinha todos os dias – relatou Guga.

O ídolo foi um incentivo a mais para os meninos e meninas que participaram da clínica. Sem poder bater uma bolinha, por conta da recente cirurgia no quadril, Guga posou para fotos e deu uma de boleiro, enquanto Larri acompanhava os golpes da garotada. Palavras de incentivo e até dicas para segurar a raquete fizeram parte das lições de Larri, mas o principal era a mensagem da aula:

– O tema das clínicas foi o amor ao tênis. É preciso criar essa cultura de amor ao esporte – comentou.

A preocupação de Larri com a essência, a motivação que todo atleta precisa ter, faz sentido, quando Guga fala sobre o seu mestre. Até hoje, o tricampeão de Roland Garros não esquece um dos seus ensinamentos.

– Eu tinha que jogar tênis para mim. Eu tinha que gostar daquilo que estava fazendo para estar em quadra – explicou.

Não é a toa também que Guga se revela um ídolo atencioso com os fãs, humilde com os amigos e carismático em qualquer lugar que esteja. Mais do que treinador, Larri foi um educador. No ano em que completa 30 anos de formação superior, o treinador dá um recado sobre a profissão:

– A educação é a arte de formar homens. E até hoje é assim na minha academia, onde formamos uma família com todos que estão ou que passaram por lá – ensinou.