No Dia do Índio, a festa só poderia ser da Chapecoense. Bastou o árbitro apitar o final da partida contra o Avaí para que os torcedores do Oeste, que acompanharam o jogo a 600 quilômetros de distância, tomassem a Avenida Getúlio Vargas, buzinando, gritando e comemorando.

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– Foi uma agonia para quem não foi para Florianópolis – disse Diogo Munarini.

Nos minutos finais, ele mantinha a toalha com o símbolo da Chapecoense contra o rosto e segurava o grito à espera do fim da partida. Depois soltou a alegria contida, chegando a aparecer as veias do pescoço de tanto gritar. Ele pretende ir aos dois jogos da final.

– Se ganharmos em casa, seremos campeões – disse o professor Ivanor Alba.

– Contra a Chapecoense não tem para o Avaí – disse Anderson Longhinotti, que acompanhou com nervosismo os últimos minutos da partida e comemorou as defesas do goleiro Nivaldo.

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Cada ataque do Avaí era uma apreensão. Levar um gol significava não ver mais a Chapecoense jogar até o final do ano.

– Foi sofrido – disse o motorista Moacir Fernandes, que levou a filha Gabrieli, de cinco anos, para a Avenida Getúlio Vargas, com a bandeira do clube do coração.

– Domingo vamos estar no Índio Condá – afirmou o torcedor.

Até as mulheres e filhos dos jogadores Anelka, Thoni e Kanu foram comemorar.

– Deu tudo certo – disse Val Dias, mulher do jogador Thoni, com os filhos João e Vitória.

Graças ao resultado de domingo, a torcida poderá ver mais vezes seu time jogar em casa.